Pré-candidatos acreditam que votação retira nova chapa da concorrência

Votação para mudanças no estatuto da ACS (Associação de Cabos e Soldados da Polícia Militar e Bombeiro Militar de Mato Grosso do Sul) marcada para a próxima sexta-feira (18) causa polêmica entre sócios. Pré-candidatos à nova eleição, que deve ocorrer em fevereiro de 2018, acreditam que novas regras retiram a nova chapa da concorrência.

Com as novas mudanças, o atual presidente da ACS, Edmar Soares da Silva, estaria favorecendo simpatizantes de sua chapa e retirando da concorrência possíveis pré-candidatos que se opõem ao grupo. Silva já está à frente da ACS por dois mandatos e, por isso, não pode concorrer novamente.

Cabo PM Casimiro, cabo PM Haynan e o soldado da reserva remunerada Claudio de Souza são pré-candidatos a nova eleição. Os sócios acreditam que a votação da próxima sexta-feira, apesar de publicada no Diário Oficial do Estado, não foi amplamente divulgada e o resultado deve beneficiar a atual presidência.

“A atual chapa teve oito anos para apresentar mudanças e agora na véspera da nova eleição ele quer mudar as regras do estatuto para que somente a chapa dele consiga concorrer”, afirma o cabo PM Casimiro.

A votação acontecerá na Fetems (Federação dos Trabalhadores em Educação de Mato Grosso do Sul) e deve alterar itens como: tempo de sociedade de um militar – de 3 anos para 5 -, além de impossibilitar a candidatura de um cabo ou soldado que tenha ou teve ligação com outra entidade nos últimos 5 anos.

Às vésperas de eleição, presidente quer mudar estatuto e revolta cabos e soldados da PM

Procurado pela reportagem, Edmar nega favorecimento de simpatizantes e garante que as mudanças foram pleiteadas no ano passado durante assembleia na UFMS ( Federal de Mato Grosso do Sul).

“Os sócios pediram alterações, mas devido a inúmeras demandas a votação já era para ter ocorrido. Mas, independentemente da data de votação foi feito um estudo inclusive, com sócios do interior. O sócio que se mostra contra as mudanças precisa ir na assembleia e votar contra. Eu não tenho interesse na nova eleição. Eu deixarei um legado, quer queiram ou não, pois eu mudei a vida da PM de MS. Nós conseguimos carreira e alguns sócios que eram soldados há 8 oitos, hoje são sargentos. Eu não estou impondo nada a ninguém”, rebateu o atual presidente da ACS.