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Polícia

Após troca de tiros, brasileiro apontado como ‘braço direito do PCC’ é preso na Bolívia

Comparado a Pablo Escobar, é suspeito de liderar assalto a carro forte
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Comparado a Pablo Escobar, é suspeito de liderar assalto a carro forte

O brasileiro Mariano Tardelli, suspeito de liderar um assalto a um carro forte, há 11 dias, foi capturado neste domingo (9), na Bolívia, após operação policial. Considerado um ‘Pablo Escobar’ no país, pela forma como lida com os colaboradores na suposta organização criminosa, Tardelli também é apontado pelo ministro do governo boliviano Carlos Romero como braço direito do PCC (Primeiro Comando da Capital).

A prisão ocorreu 10 dias depois do assalto a um carro forte Brinks, de onde foi levado US$ 1,3 milhão. Ele estava vivendo na comunidade Naranjo, a 70 quilômetros de Roboré. No dia da captura, Tardelli foi encontrado ferido, após troca de tiros, em uma mata entre Roboré e a comunidade de Santa Ana.

O brasileiro usava a mesma tática do ex-barão da droga Pablo Escobar, na Colômbia, para ganhar apoio e simpatia das pessoas e difamar a polícia, conforme o vice-ministro de Segurança Pública, Carlos Aparicio. Ele acompanhou as ações, por 7 dias, e garantiu que ele foi protegido por conta da ‘fama de bonzinho’.

“Ele era uma espécie de Southwest ‘Pablo Escobar e por isso o povo o apoiou e fez uma difamação da mídia contra a polícia” disse Carlos Aparicio, que pontuou que todos deveriam ser processados por defender o grupo criminoso.

Conforme o site El Deber, o ministro chegou a Santa Cruz de La Sierra, na tarde de domingo, no mesmo helicóptero usado por Tardelli, que foi transportado em uma maca. O ministro elogiou a operação e ressaltou a rapidez da identificação dos autores do assalto do último dia 30, que ocorreu em menos de 24 horas.

As investigações apontam que o grupo criminoso se escondia na Fazenda Laura, a 10 km da comunidade Santa Ana, na Bolívia. O local estava bastante vigiado e cinco agentes ficaram feridos, durante a invasão a propriedade.

A polícia prendeu pessoas que tinham relação com o grupo, desde o primeiro dia de operação, afirmou o ministro. A ação policial enfrentou dificuldades até com o clima, pois choveu dois dias seguidos. 

O ministro lamentou a atitude da comunidade em tentar esconder Tardelli e todo o bando, mas ressalta que a ajuda de do ex-integrantes do grupo, foi crucial. A rede criminosa era composta por brasileiros, peruanos e bolivianos.

Braço direito do PCC

Romero disse que, segundo pesquisa, Mariano Tardelli e o restante do bando, são como ‘mensageiros’ do PCC.

No rancho, onde o grupo se refugiava, tinha campo de treinamento, para tiro e atividade física. Durante confronto, eles até queimaram a casa para tentar fugir. Era do rancho, que o grupo agi como ‘mensageiro’ e organizava ataques semelhantes em instituições financeiras no , especialmente em Mato Grosso. A maioria é procurada pela Justiça.

O ministro ressaltou a disposição do Brasil e do Paraguai, tendo em vista, que eles estavam prontos para agir em outro país. Romero pontua, que as investigações iniciais detectaram que que a organização, liderada por Tardelli, tinha planejado um segundo golpe.

Eles tentariam o resgate de seus companheiros brasileiros presos, em outubro 2016, após assalto de joias valiosas.

As investigações apontaram ainda, que o carro da Brinks, foi seguido no dia do crime, pelo peruano Pablo Roland Guzmán de la Cruz, que também foi preso domingo. Ele acompanhou o carro forte, desde que o veículo deixou Santa Cruz. O assalto foi planejado no Rancho Laura, há três meses.

Os outros brasileiros presos foram Luis Miguel Monteiro Duarte e seu irmão Lorenzo. Eles eram braços direitos de Tardelli e os únicos a também ajudarem a comunidade com alimentos, roupas e medicamentos. A namorada e tia de Tardelli também foram presas para não atrapalharem as investigações.

Operação ‘Made in Bolivia’

O comandante da polícia Rubén Suárez e responsável pela operação ‘Made in Bolívia’,  disse que, apesar dos ataques por alguns meios de comunicação e redes sociais a polícia conseguiu realizar as prisões.

Segundo Suárez, Tardelli afetou diversas operações da FELCN (La Fuerza Especial de Lucha Contra el Narcotráfico) e estaria ‘quebrado’, por isso, planejou o ataque ao carro forte da Brinks.

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