Desde 2016 o serviço é terceirizado

Depois de não confirmar a existência da tentativa de envenenamento de agentes penitenciários no presídio feminino Irmã Irma Zorzi, a Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário), afirmou sobre a suspeita no Presídio de Segurança Máxima e revelou, no início da tarde desta sexta-feira (30), que câmeras de monitoramento serão instaladas na cozinha onde a refeição dos servidores é preparada.

Desde a última suspeita de envenenamento, em abril de 2016, os custodiados não preparam mais as refeições e o trabalho passou a ser terceirizado. Desta vez, a dúvida surgiu porque detentos estavam prestando serviço próximo ao local onde a comida é feita. Ao Jornal Midiamax, a Agepen ressaltou que a instalação de câmeras deve ocorrer até a próxima semana.

Sobre a informação de ameaça a agentes, a Agepen não confirma por questões de segurança, mas que em qualquer caso identificado, o servidor é  imediatamente informado e afastado de seus serviços.

Entenda

Informações recebidas pelo Jornal Midiamax davam conta de que a comida de agentes da Máxima e do presídio feminino Irmã Irma Zorzi estariam envenenadas, e que agentes das cidades de Naviraí, Dourados e estavam sendo ameaçados de morte.

Toda a comida foi descartada e levada para análise. De acordo com o presidente do Sinsap (Sindicato dos Servidores da Administração Penitenciária), a categoria vai cobrar do governo do Estado medidas de segurança para os agentes, “Temos recebido várias denúncias de ameaças aos servidores”, explica André Santiago.

Paralisação

Santiago disse que na próxima segunda-feira (3), os agentes irão fazer uma manifestação em frente a Governadoria e dependendo do que for decidido na reunião feita para negociação do reajuste salarial, a categoria pode paralisar.

No Estado são 1.500 agentes penitenciários e em Campo Grande são um total de 600.