Entidade diz que irá intervir, se necessário

A OAB/MS (Ordem dos Advogados do Brasil/Seccional do Mato Grosso do Sul) divulgou, nesta quarta-feira (15), que irá “acompanhar e intervir, se necessário, as investigações e encaminhamentos relativos ao óbito envolvendo o jovem Wesner Moreira Silva, 17, que morreu na tarde desta terça-feira (14) em decorrências das agressões sofridas no lava-jato.

A morte do rapaz pode quadruplicar as penas dos agressores, já que a denúncia contra os autores do crime pode ser alterada. O dono do estabelecimento, Tiago Demarco Sena, 20, foi incriminado por lesão corporal grave. Segundo o advogado criminalista, Renê Siufi, “com a morte, muda tudo. O crime passa a ser tratado como lesão corporal seguida de morte. A morte é componente maior e pode complicar a situação do denunciado”.

Entretanto o delegado Paulo Sérgio Lauretto, responsável pela investigação do caso, sinalizou que Tiago e o amigo que ajudou no crime podem responder por homicídio. Segundo ele ainda não está definido se o caso será tratado como lesão corporal seguida de morte ou homicídio doloso – quando há intenção de matar. O delegado explicou que o dolo, a intenção, no crime pode ser definida uma vez que proprietário e funcionário do lava-jato sabiam como o compressor funcionava e que colocar o ar comprimido no corpo de uma pessoa através da mangueira poderia causar ferimentos graves.

A OAB/MS informou que o presidente da seccional, Mansour Karmouche, determinou à Comissão de Direitos Humanos que acompanhe as investigações e solicitou a apresentação de relatório da condução dos fatos em 30 dias.