Teria dito que ela passou sem documentação pela blitz
Na manhã desta terça-feira (21), senhora de 68 anos procurou a Polícia Civil para fazer denúncia ao vereador Zé Divino, após uma confusão envolvendo o político e policiais militares de Paraíso das Águas, cidade a 277 quilômetros da Capital. Ele estaria difamando a mulher, dizendo que ela passou pela blitz sem documentação, enquanto a filha dele que estava no carro de trás foi parada.
O boletim de ocorrência foi registrado um dia após o ocorrido. Segundo a mulher, que é proprietária de um hotel da cidade, conduzia a camionete Fiat Toro, sozinha, quando passou pela blitz. Ela afirmou que entregou os documentos do carro e a CNH (Carteira Nacional de Habilitação) e foi liberada.
A mulher ainda disse que brincou com o policial, dizendo que não tinha nada errado com o carro dela. Quando estava no hotel, o vereador teria ido ao local e dito para ela que “Ela era uma mulher de sorte, pois ele a viu dizendo que não tinha nada e o policial havia liberado ela”. Segundo a vítima, o vereador estaria insinuando que ela não apresentou os documentos ao militar na blitz.
De acordo com a vítima, ela afirmou que o vereador estava enganado e que apresentou a documentação aos policiais. Ela ainda disse que presenciou tal vereador gesticulando e falando alto com outro policial, mas não escutou. Ela foi parada na blitz na frente do carro em que a filha do vereador estava, que também foi parada.
Consta no registro policial que a vítima denuncia o vereador porque a estaria difamando e ainda divulgando nas redes sociais que ela costuma dirigir sem a documentação necessária e obrigatória. O caso será investigado.
Confusão na blitz
Durante blitz em Paraíso das Águas, a filha de José Divino, vereador do PSB, foi parada pelos policiais e o pai não teria gostado da situação, afirmando ser conhecido do secretário de Estado de Justiça e Segurança Pública, José Carlos Barbosa.
O vereador ainda desacatou os policiais e disse que, com uma ligação, poderia mandá-los para um local distante. O vereador se manifestou sobre o episódio na tarde desta segunda-feira (20) e negou que tenha ocorrido a carteirada e o desacato, mas confirmou que pretende denunciar os policiais pelo que chamou de ‘claro ato de prevaricação’.
(Matéria editada ás 14h13 para correção de informação)