Paralisação segue até domingo

A suspeita de um túnel no Presídio de Segurança Máxima de Campo Grande, fez com que os agentes ‘suspendessem’ por um tempo a paralisação, na manhã desta segunda-feira (16) para uma vistoria, no estabelecimento penal.

De acordo com informações, o túnel estaria no complexo superior da Máxima. Ainda não há confirmação da existência do túnel pelos agentes penitenciários que tiveram de dar uma ‘pausa’ na paralisação para a vistoria nas celas.

A paralisação da categoria começou nesta segunda (16), e já tem 90% de adesão dos estabelecimentos penais do Estado, em 17 cidades, Campo Grande, Três Lagoas, Dourados, Corumbá, Coxim, Paranaiba, Amambai, Naviraí, Jateí, Bataguassu, Cassilândia, Jardim e Rio Brilhante.

A categoria pede um reajuste de 16% acumulado nos últimos três anos, mais o cumprimento de acordo feito como nomeação de aprovados em concursos e curso de formação para 600 agentes que estão à espera.

Segundo o presidente do Sinsap (Sindicato dos Servidores de Administração Penitenciária de Mato Grosso do Sul), André Luiz Santiago, a categoria tenta uma conversa com o Governo há três anos, “A categoria foi tratada de forma diferente pelo Governo de outras categorias de segurança”, explica. Em 2016 o aumento foi de 5,4% e neste ano o Governo deu um aumento de 2,4%.

“Estamos tentando evitar massacres como ocorreram em outros estados, com rebeliões e vários mortos”, fala Santiago que afirmou que são 220 presos para cada agente penitenciário no Estado.Agentes descobrem túnel em pavilhão e ‘pausam’ greve na Máxima

Ao todo são 1600 agentes em Mato Grosso do Sul e 15.600 detentos. Durante a paralisação, o banho de sol, entrega de alimentos e visitas estão suspensas. Ainda de acordo com Santiago, no estabelecimento penal da Gameleira- semiaberto- nenhum preso está sendo liberado, “Os detentos não estão podendo sair, nem para prestar serviços”, explica.

 

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