Foram cumpridos nove mandados de prisão
O empresário João Baird, investigado pela força-tarefa da Operação Lama Asfáltica, também estaria na lista de prisões do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) durante a Operação Antivírus, mas não teria sido encontrado pelos agentes na manhã desta terça-feira (29).
Conforme apurado pelo Jornal Midiamax, um dos mandados de prisão temporária expedidos pela justiça durante as investigações do Gaeco está no nome de João Baird, por conta de licitações envolvendo a empresa Itel Informática. A informação não foi confirmada oficialmente pelo MPE-MS (Ministério Público Estadual de Mato Grosso do Sul).
O advogado de Baird, José Wanderley Bezerra, revelou que seu cliente está fora da cidade, mas não confirmou a existência de um pedido de prisão contra o empresário.
“Procurei o Gaeco e não confirmaram o pedido de prisão”, declarou o advogado. Bezerra negou que a residência de Baird tenha sido alvo dos agentes, e se comprometeu a apresentar o empresário à Justiça caso se confirme o mandado de prisão preventiva.
Segundo a assessoria do MPE-MS o alvo da Operação são contratos de informática celebrados entre empresas e o Poder Público. Por conta disso são investigados crimes de corrupção ativa e passiva, fraude à licitação, lavagem de dinheiro, peculato e organização criminosa.
Nesta manhã, agentes do Gaeco cumpriram nove mandados de prisão preventiva, três de prisão temporária e 29 mandados de busca e apreensão, parte deles na sede do Detran. Três blocos do órgão foram vistoriados durante a ação: o de tecnologia da informação, da presidência e o da diretoria de administração e finanças.
Até o momento foram confirmadas as prisões do ex-deputado estadual Ary Rigo, de Gerson Claro (PSB) diretor-presidente do Detran e do diretor-ajunto, Donizete Aparecido da Silva, o diretor de administração e finanças, Celso Braz, Erico Mendonça, chefe da divisão de execução orçamentária, finanças e arrecadação do órgão, Gerson Tomi, diretor de TI do Detran, além do servidor da Sefaz (Secretaria de Estado de Fazenda), Luiz Alberto Oliveira Azevedo.
Caso antigo
Além de ser alvo da Operação Lama Asfáltica, a Itel Informática também foi denunciada por servidores da Sefaz (Secretaria de Estado de Fazenda), que revelaram suposto esquema de direcionamento de licitação, favorecimento e desvio de recursos, que colocaram a empresa e seu proprietário na mira da PF e do MPE-MS (Ministério Público Estadual).
Baird nega as acusações e diz que atualmente se dedica apenas à atividade rural. Apenas nos últimos seis anos o ‘conglomerado’ de empresas que, segundo o MPE, seriam ligadas a Baird, levou quase R$ 800 milhões do governo de Mato Grosso do Sul.
Dados fornecidos pelo próprio governo estadual dão conta que nos dois primeiros anos da gestão de Reinaldo Azambuja (PSDB), o Estado gastou mais de R$ 139 milhões com empresas supostamente ligadas a Baird.
