Adolescente ferido em lava-jato tem hemorragia e volta para ‘área vermelha’

Estado de saúde é grave

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Estado de saúde é grave

Adolescente de 17 anos, gravemente ferido após ser agredido com a mangueira de um compressor de ar em um lava-jato onde trabalhava, em Campo Grande, voltou a ter piora no estado de saúde. Ele está na Santa Casa e foi encaminhado nesta manhã (14) para a área vermelha.

Segundo a assessoria do hospital, o adolescente apresentou piora e teve hemorragia interna. Os médicos o transferiram novamente para a área vermelha, destinada a pacientes em estado grave de saúde. A equipe se preparava para fazer uma endoscopia no menino e identificar o ponto onde há o sangramento.

A suspeita é de que a hemorragia seja no esôfago, onde o ar que entrou no corpo do adolescente no dia das agressões encontrou resistência. Ele está internado há 11 dias, desde o dia 3 de fevereiro, quando deu entrada com rompimento de órgãos, e os médicos afirmam que o estado de saúde é considerado grave.

Relembre o caso

O crime aconteceu na sexta-feira (3) e envolveu o proprietário do lava-jato e um funcionário do local, de 31 anos, que seria vizinho da vítima e o responsável por arrumar o emprego para ele. Na versão contada pela família do adolescente, foi o segundo homem que teria relatado as agressões depois que o jovem foi levado às pressas para o hospital.

Em depoimento prestado a 4ª Delegacia de Polícia Civil no dia do crime, os dois suspeitos reafirmaram a situação e alegaram que o caso foi consequência de uma brincadeira iniciada pelo próprio adolescente. Eles ainda alegaram que colocaram a saída de ar por cima da calça do jovem.

Para o delegado que cuida do caso, Paulo Sérgio Lauretto, o adolescente explicou que os autores não tiraram seu short, mas negou que havia brincado com a mangueira de compressão minutos antes do crime. Desmentindo a história que ele teria aproveitado o momento em que o colega de 31 anos foi ao banheiro para ‘assustá-lo’ com a mangueira, ligando ela pelo vão da porta.

O caso é tratado como lesão corporal grave, porque até o momento não houve indícios de que os agressores tiveram a intenção de matar o adolescente. De acordo com o delegado Paulo Sérgio Lauretto, o advogado de defesa dos suspeitos já entrou em contato com a delegacia e disposto a apresentar os clientes para novos depoimentos. O caso segue em investigação.

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