Zeolla cumpre pena em casa e se livra de duas acusações de estupro

Procurador foi preso por abusar de três meninos

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Procurador foi preso por abusar de três meninos

A justiça arquivou duas das três denúncias de estupro pelas quais o procurador aposentado Carlos Alberto Zeolla, de 51 anos, foi indiciado pela Polícia Civil em julho deste ano. Segundo o advogado de defesa, José Belga Trad, os supostos abusos contra dois meninos, de 11 e 10 anos, foram arquivados por falta de provas.

Nas palavras do advogado, a justiça entendeu que não houve crime contra as duas crianças e por isso arquivou os casos. Agora, Zeolla é suspeito apenas do estupro de um adolescente de 13 anos, a quem chegou a prometer uma viagem para a Europa.

O inquérito policial sobre o caso foi enviado para o Ministério Público Estadual no início de julho e a denúncia contra o ex-procurador aceita logo em seguida.

Segundo Trad, Zeolla aguarda o julgamento em prisão domiciliar desde o fim do mês passado, quando o pedido de habeas corpus foi aceito. Na decisão, segundo o advogado, era determinado o uso de tornozeleira eletrônica, mas o aparelho não foi fornecido pelo Estado. “Na decisão o juiz orientava o uso da tornozeleira eletrônica, mas também disse que se não houvesse o aparelho no Estado, ele [Zeolla] não poderia ser prejudicado”, explicou Trad.

Zeolla foi preso no dia 24 de junho e passou mais de um mês no Centro de Triagem de Campo Grande, até ser liberado para a prisão domiciliar.

Relembre o caso

Zeolla foi preso pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) no dia 24 de junho pelo estupro dos três meninos, todos moradores do Loteamento Nova Serrana. Se identificando como “Carlos Xará”, o homem se aproximava das crianças oferecendo ajuda para a família.

A partir daí, o homem passa a oferecer presentes, bebidas alcoólicas e até viagens para Europa para se encontrar com os meninos e abusar sexualmente dele. A polícia só descobriu do caso depois que o adolescente de 13 anos agrediu a mãe durante uma briga por causa da viagem para Alemanha prometida pelo suspeito.

O ex-procurador foi indiciado por três crimes: estupro de vulnerável, exploração sexual de crianças e adolescentes e oferecer bebida alcoólica a criança e adolescente.

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