Agente da PRF disparou sete vezes contra vítimas, diz Perícia
O Jornal Midiamax recebeu diversos vídeos do tumulto gerado após a briga de trânsito, que acabou em morte no início da manhã deste sábado (31), na Ernesto Geisel, em Campo Grande. O agente da PRF (Polícia Rodoviária Federal), que não teve a identidade revelada, disparou sete vezes contra os ocupantes da caminhonete Hillux, conforme a Perícia.
Os tiros atingiram o condutor do veículo, Adriano Correia Nascimento, que morreu no local, e o primo, de 17 anos, que ficou ferido nas duas pernas.
Agnaldo Espinosa da Silva, de 48 anos, tio de Adriano, também estava no carro e ficou ferido no ombro, após ser lançado pela janela da caminhonete, que se chocou contra um poste.
Adriano era proprietário de um restaurante japonês, localizado na Rua Marechal Rondon, no Centro da cidade e foi atingido por três tiros, no pescoço, tórax e braço.
O adolescente que foi baleado nas duas pernas e Agnaldo que sofreu um ferimento no ombrom, passam pelo atendimento de urgência da Santa Casa.
O agente da PRF, que alega legítima defesa, presta esclarecimentos na Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário), do Centro.
O vídeo mostra o adolescente sentado no chão, ao lado de Agnaldo, bastante emocionado. Na gravação, o jovem alega que o agente da PRF teria atirado contra eles, do nada.
Caso
Segundo populares que testemunharam a briga, o motorista da Hilux teria ‘fechado’ a Pajero e o policial então teria ficado irritado. “Vamos chamar a Polícia de Trânsito para resolver isso”, teria dito o ocupante da Hilux, segundo uma testemunha.
Ainda conforme as testemunhas, o motorista da Hilux tentou ir embora e o policial teria atirado várias vezes, ainda de dentro do carro, atingindo o motorista no pescoço e o adolescente nas pernas. Após ser atingido pelos tiros, Adriano perdeu o controle da camionete, que atingiu um poste. Com o impacto, o poste chegou a cair em cima do veículo.
Segundo populares, o tio do motorista chegou a ser arremessado do veículo após o acidente e sofreu ferimentos no braço. Ele foi levado com o filho para a Santa Casa de Campo Grande. Equipes do Corpo de Bombeiros, PRF (Polícia Rodoviária Federal), Polícia Militar, Polícia Militar de Trânsito e Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência), Polícia Civil, Perícia e também funerária estiveram no local.
O policial foi levado para a Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) Centro e deve responder por homicídio doloso.
