O homem está foragido
As ameaças à médica Nislaine Colman Benites, morta a tiros na manhã desta quarta-feira (14) em Ponta Porã, eram constantes desde que ela havia se separado do marido, a cerca de três meses. Segundo a polícia, o suspeito já teria ido até o mesmo posto de saúde onde o crime aconteceu com uma faca, mas nenhum boletim de ocorrência foi registrado contra ele.
De acordo com o delegado Patrick Linhares, responsável pela investigação do caso, funcionários da UBS (Unidade Básica de Saúde) da Família Dr. Nery A. de Azambuja, onde a vítima trabalhava, relataram que as ameaças à médica aconteciam desde a separação dela com o ex-marido.
Os colegas narraram ainda que em uma das ocasiões, o suspeito foi até o local para ameaçar Nislaine com uma faca. Mesmo com os relatos das testemunhas, o delegado explicou que nenhum dos casos foi registrado na Polícia Civil, provavelmente por opção da vítima. “Infelizmente casos assim são mais comuns que se imagina”, lembrou.
Para os amigos, a vítima contava que o ex não aceitava o fim do relacionamento e por isso a perseguia. Com a identificação do suspeito em mãos, as equipes da Polícia Civil da cidade, localizada a 313 quilômetros de Campo Grande, realizam buscas para localizar o ex-marido da médica, que fugiu logo depois do crime. O caso segue sendo investigado.
O crime
Conforme apurado pelo Jornal Midiamax, o crime acontece por volta das 8h40. O ex da médica chegou ao local em uma motocicleta. Assim que percebeu a presença do homem, a vítima ainda tentou correr, mas foi atingida pelos tiros e morreu no local.
A mulher teria se escondido na cozinha do posto, onde enfermeiras tomavam café, mas o homem arrombou a porta e a atingiu com três tiros. Inicialmente, foi divulgado que o suspeito teria sequestrado a filha da vítima, mas a informação foi desmentida pela polícia, que alegou a história não é verídica.
