Ele ficou uma semana detido
Mesmo em liberdade, o médico Handerson Chagas Pereira, de 40 anos, deverá prestar contas à justiça periodicamente para não voltar a ser preso. Detido no dia 8 de outubro por dirigir embriagado, atropelar dois motociclistas e fugir sem prestar socorro, o condutor foi liberado uma semana depois com algumas condições, como vir a Campo Grande sempre que conveniente para as investigações.
Handerson mora em Fortaleza (CE) e estava na Capital para visitar a mãe. No dia do crime, ele teria passado a noite ingerindo bebidas alcoólicas, em uma boate localizada o Bairro Chácara Cachoeira, e já na manhã do dia 8, um sábado, atingiu uma motocicleta no cruzamento entre as ruas Brilhante e Ernesto Geisel.
Segundo o registro policial, dois rapazes que estavam no veículo, de 27 e 25 anos, seguiam em uma Honda Fan, com placa de Campo Grande, pela Rua Brilhante quando, no cruzamento com a Avenida Ernesto Geisel, foram atingidos por um Renault Sandero, que era conduzido pelo médico.
Depois de atropelar os dois homens, Handerson fugiu, sem prestar socorro e foi perseguido por populares. O médico só parou três quilômetros depois, no cruzamento das ruas do Hipódromo com a Manoel da Costa Lima.
Para a equipe do Jornal Midiamax, o tenente-coronel Renato Tolentino, comandante do Batalhão de Trânsito da Polícia Militar, contou que o suspeito não conseguia parar em pé e como se negou a fazer o teste etilômetro, foi levado para Imol (Instituto Médico e Odontológico Legal), onde um perito constatou a embriaguez.
O médico foi preso e levado para a Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) Piratininga. Na audiência de custódia o juiz manteve a prisão e ele foi transferido para uma cela especial do Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubos a Banco, Assaltos e Sequestros, já que tem curso superior completo pela Universidad Privada del Valle, na Bolívia.
Só no dia 14 de outubro, sete dias depois da prisão, Handerson teve a prisão revogada ‘mediante a fixação de medidas cautelares alternativas’. Entre as condições impostas, exige o comparecimento periódico em juízo, para informar e justificar atividades e também a proibição de se ausentar de Campo Grande durante o período que for “conveniente ou necessária para a investigação ou instrução”.
Além disso, o juiz ainda restringe a presença do médico em determinados locais, por circunstância relacionada ao crime, para evitar o risco de novas infrações. Os estabelecimentos não foram detalhados na decisão.
Caso as medidas forem descumpridas, Handerson pode responder por desacato e também a ter a prisão preventiva decretada novamente.