Pela terceira vez o sistema está fora do ar

Há cinco dias fora do ar, o  utilizado para armazenar as ocorrência da Policia Civil, Polícia Militar e Corpo de Bombeiros só deve voltar a funcionar na próxima semana, com a assinatura do contrato entre a empresa que administra o sistema e o governo do Estado.

Adriano Chiarapa, proprietário da empresa Compnet, afirmou que na reunião no fim da tarde de ontem (quinta) o Governo se comprometeu até a próxima semana dar celeridade ao processo e resolver a questão.

“Depois da assinatura do contrato vamos reestabelecer a equipe para voltar a dar manutenção no sistema e colocá-lo no ar”, fala Adriano.  O contrato com o governo do Estado é de mais de R$ 800 mil por mês.

Pela terceira vez o Sigo parou, depois de ter ficado fora do ar em julho e agosto. Com o sistema fora do ar algumas delegacias deixaram de atender a população. Com o sistema em funcionamento por plantão, aproximadamente 42 boletins de ocorrência eram confeccionados, já sem o sistema apenas dez são registrados por na dia nas Depacs (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário).

Bloqueadores

Outro contrato que deve ser regularizado com o Governo é o sistema de bloqueadores dos presídios. Segundo Adriano, o contrato está suspenso desde 2015, e o valor também gira em torno de R$ 800 mil por mês.

Com o contrato suspenso, as antenas que bloqueiam o sinal de celulares dentro dos presídios não foram atualizadas, o que permite que tecnologias mais novas possam ‘driblar' os bloqueadores. “As antenas conseguem bloquear tecnologia 3G, mas o wi-fi não. E com o avanço da tecnologia, os bloqueadores acabaram ficando defasados”, explica.

De acordo com Adriano com a renovação deste contrato será feito um planejamento para a troca dos bloqueadores.

Foi feito contato com a assessoria de comunicação do Governo para um posicionamento quanto ao prazo da assinatura do contrato, mas até o fechamento da matéria não obtivemos resposta.

Governo

Nesta quinta-feira (15), durante evento de lançamento do projeto ‘Mãos Que Constroem', o governador Reinaldo Azambuja (PSDB) foi questionado sobre os problemas do SIGO. “Só vamos renovar o contrato, que herdamos do governo anterior, com toda a segurança jurídica”, afirmou.

Azambuja ainda declarou que existe uma pressão da empresa, mas que o Estado não vai ceder a pressões “de quem quer que seja”. O governador ainda pontuou que existem várias falhas no contrato, que devem ser ajustadas para que seja feita a renovação. Anteriormente, foi declarado que a empresa recebe mais de R$ 800 mil por mês para oferecer o serviço e eles alegam que não recebem desde março, quando o contrato foi encerrado.

O governador ainda afirmou que não tira a liberdade da empresa responsável pelo SIGO de cobrar os direitos, mas que só renovará o contrato dentro dos parâmetros legais para isso.