Características similares da mortes reforçam a hipótese

Um servidor do presídio, que preferiu não se identificar, denunciou nesta quarta-feira (20) que existe ligação entre as quatro mortes registrada dentro do Presídio de Segurança Máxima de Campo Grande, localizado no Jardim Noroeste em Campo Grande. As mortes aconteceram em um período de 20 dias. De acordo com o servidor o motivo das mortes seria queima de arquivo.

Características similares reforçam a hipótese já que todos os corpos foram encontrados sem sinais aparentes de agressão e dos quatro detentos mortos, apenas um tinha de doença grave, que não foi especificada pela polícia. Outra ligação é o local onde os corpos foram encontrados: em cima de colchões.

Ainda segundo servidor há boatos que os detentos teriam morrido depois de serem obrigados a ingerir uma mistura de água com cocaína, denominada “Gatorade”, já conhecida dentro presídio, e desta forma acabam morrendo por overdose.

Nesta quarta, enquanto uma equipe do Jornal Midiamax apurava as circunstâncias da quarta morte uma moradora teria se aproximado e perguntado sobre o que estava acontecendo. Ao ser informada que se tratava de mais uma morte de detento limitou-se apenas a dizer uma frase: “O que eu sei é que aí dentro dedo-duro morre”, destacou.

Apesar de toda especulação a polícia explicou que ainda é cedo para fazer qualquer ligação com os casos, mas que a delegacia está investigando.

Mortes

A morte de Iverson Ricardo Lopes Pinto, é a quartano estabelecimento penal em menos de 20 dias e a segunda em 48 horas já que na última segunda-feira (18) Luiz Otávio de Souza, de 25 anos, foi encontrado morto no saguão superior da ala B do Pavilhão 2. As causas da morte devem ser investigadas.

A primeira morte aconteceu na tarde do dia 31 de março. Sidnei Baptista Borges, de 45 anos, tinha histórico de doença grave, que não foi especificada pela polícia. Sidnei aguardava transporte para Unidade de Saúde, mas o estado de saúde dele foi agravado e acabou morrendo no pavilhão 4, no setor de saúde do presídio.

Na manhã de sexta-feira (1º) Douglas Farias do Carmo, de 35 anos, também foi encontrado morto em uma das celas do presídio. De acordo com o boletim de ocorrência, registrado por um agente penitenciário do Estabelecimento Penal, ele foi acionado por um detento da cela 103. Segundo o interno, ele viu Douglas deitado no colchão na cela 108, aparentemente sem sinais vitais.