Quadrilha que agia em MS e MT tinha até ‘organograma’ para golpes
Polícia recuperou maquinários e apreendeu veículos de luxo
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Polícia recuperou maquinários e apreendeu veículos de luxo
A quadrilha presa durante Operação Canindé, que deu prejuízo de ao menos R$ 2 milhões com ‘golpe da arara’, nas cidades de Campo Grande (MS) e Rondonópolis e Cuiabá (MT) tinha até ‘organograma’. Os integrantes eram responsáveis por funções definidas nos golpes de estelionato com a compra e revenda irregular de maquinários agrícolas nos dois Estados. Os resultados foram apresentados durante coletiva na tarde desta quarta-feira (14), na Deco (Delegacia-Especializada de Combate ao Crime Organizado), em Campo Grande.
A delegada titular da Deco, Ana Cláudia Medina ressaltou que durante a operação ocorreram 11 mandados de prisão preventiva em Campo Grande, Rondonópolis e Cuiabá e 15 mandados de busca e apreensão em residências, supermercado, transportadoras, fazendas em Rondonópolis e Itiquira (MT) e Campo Grande.
Ainda conforme Medina, os onze presos serão indiciados por organização criminosa, estelionato, falsificação de documento público e falsificação de documento particular, uso de documento falso, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro.
A polícia recuperou quatro maquinários agrícolas, um gerador de energia e materiais de cama, mesa e banho. As equipes policiais também apreenderam cinco veículos de luxo e uma motocicleta, além de documentação pertinente, computadores, carimbos e celulares.
Presos preventivamente e suas funções na organização criminosa:
1. Ademilso Paulo Ferreira Jaques de 37 anos anos preso em Campo Grande, seria a pessoa que se apresentou como “Heitor” – e que seria o representante comercial da empresa golpista Soares Rocha Construtora Ltda. Ele foi autuado juntamente com sua esposa por furto de energia quando do cumprimentos dos mandados judiciais em 06/12/2016. A polícia também apreendeu produtos de cama, mesa e banho em grande quantidade na residência também obtidos ilicitamente pela empresa golpista.
2. Fabiana Artur da Silva de 40 anos presa em Rondonópolis – MT, esposa de Joy Emerson, seria a pessoa que se apresentou como “Fabi” – atendente de balcão da empresa golpista Soares Rocha Construtora Ltda e ainda foi responsável pelo recebimento dos produtos de crime no Estado de MT, inclusive com notas emitidas da empresa golpista para o nome das mesmas.
3. Hermes Magno Santana de 30 anos preso em Rondonópolis – MT seria a pessoa que durante os crimes se apresentava como “Magno”, e que ocuparia a função de representante comercial da empresa Soares Rocha Construtora Ltda.
4. Higor Ferreira Lima de 25 anos preso em Rondonópolis – MT seria a pessoa que durante os crimes se apresentava como “Alessandro” e que ocuparia a função de representante comercial da empresa Soares Rocha Construtora Ltda, inclusive participou de recebimento de maquinários pela empresa golpista em Campo Grande – MS.
5. Jackson José Santos Orue de 37 anos preso em Campo Grande/ms seria a pessoa que durante os crimes se apresentava como “jackson”, ocupando a posição de representante comercial da empresa Soares Rocha Construtora Ltda; participando inclusive dos fretes que enviaram os produtos do crime para o MT, e de serviços que foram prestados em veículos apresentados pelo mesmo como sendo da frota da empresa golpista, e que não foram quitados;
6. Joy Emerson Santin de 44 anos preso em Rondonópolis – MT, seria a pessoa que durante os crimes se apresentava como “João” e também como “Wagner”, indicando que era o proprietário da empresa soares rocha construtora ltda; grande articulador e líder intelectual da organização criminosa, já conta com passagens criminais por roubo de cargas de agrotóxicos e homicídio;
7. Marina Moyses de 52 anos – presa em Rondonópolis – MT esposa de Nelson Angelino – seria a pessoa que durante os crimes se apresentava como “claudia”, responsável do setor setor financeiro da empresa soares rocha construtora ltda; que participou inclusive de recebimento de produtos de crime pela empresa golpista;
8. Nelson Angelino de 57 anos preso em Rondonopolis – MT seria a pessoa que durante os crimes se apresentava como “Sebastião”, atuando como uma espécie de gerente da empresa Soares Rocha Construtora Ltda. Possui várias passagens por crimes de estelionato.
9. Tércio Moacir Brandino de 54 anos já se encontrava preso em Campo Grande MS é o “contador” da empresa golpista Soares Rocha Construtora, responsável pelo trâmite legal da empresa em cartórios notariais e Junta Comercial de Mato Grosso do Sul – Jucems, com vasto histórico criminal em crimes correlatos a estelionato e falsificação de documentos. Foi apurado que as transferências fraudulentas da empresa golpista e outras foram a cargo de referido que quando da empresa já se encontrava preso por ter sido autuado em flagrante por falsificação de documento e selo quando de cumprimento judicial anterior em seu escritório. As transferências efetivadas nas alterações contratuais da empresa golpista contaram inclusive com documentação falsa em nome de pessoa já falecida no ano de 2010.
10. Vitor Renato Alves Barbosa de 34 anos preso em Rondonópolis – MT participava ativamente na organização criminosa, atuando como uma espécie de “laranja” de Joy Emerson Santin, inclusive se apresentando como comprador dos produtos do crime na emissão de notas fiscais da Soares Rocha Construtora Ltda. Ele também agilizava remessa e revenda no estado do MT.
11. Wagner Baggio de 34 anos preso em Cuiabá – MT seria a pessoa que durante os crimes se apresentava como “rebite”, atuando como uma espécie de responsável pela logística da empresa Soares Rocha Construtora Ltda, providenciando as instalações de telefones habilitados em nome de “laranjas”, mesas, cadeiras, contratando caminhões guincho para transportar o equipamento oriundo de estelionatos; ja registra passagens criminais pelo crime de estelionato e trata-se do braço direito de Joy na venda de nome de empresa de fachadas;
A operação chefiada pela Deco (Delegacia-Especializada de Combate ao Crime Organizado) contou com o apoio de equipes da Derf (Delegacia Especializada de Roubos e Furtos de Roubos), Denar (Delegacia de Combate ao Narcotráfico) e Garras (Grupo Armados de Resgate e Repressão de Assaltos e Sequestros) durante as fases da operação, bem como, com Delegacia Regional do interior de Mato Grosso, com 30 policiais da Derf de Rondonópolis e Cuiabá.
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