Quadrilha adulterava cheques para até R$ 98 mil com ajuda de ‘contatos’

Eles usavam aplicativo para enganar o banco

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Eles usavam aplicativo para enganar o banco

Cinco pessoas foram presas por agentes do (Garras) Delegacia Especilizada Repressão a Roubos a Banco, Assaltos e Sequestros, por falsificação de cheques em Campo Grande. O último golpe ocorreu no dia 23 de dezembro, quando a quadrilha adulterou um cheque de R$ 200 para R$ 98 mil. Os estelionatários tinham contatos dentro das agências bancárias e utilitizam o aplicativo Siga-me, para transferir todas as chamadas da vítima para o número de um dos integrantes.

Foram presos Tales Gonçalves Oliveira, 30 anos, a esposa Eliane Dias de Sousa, 40 anos, Allan Cleyton de Souza Ferreira, 24 anos, Júlio Emerson Barbosa, 33 anos, e Eraldo Balbino Silva, 38 anos, conhecido como ‘Tio’, apontado como líder da organização criminosa.

Conforme o delegado Fábio Peró, a investigação teve início a partir de um boletim de ocorrência registrado no dia 23 de dezembro, depois que a quadrilha passou um cheque no valor de R$ 200, para o pagamento de um funcionário de um posto de combustível, que eles adulteraram para o valor de R$ 98 mil. O valor foi depositado em uma conta e parte do dinheiro foi sacado. 

A investigação constatou a transferência bancária da conta vítima para a de Tales. O delegado conta, que da conta de Tales, foram repassados R$ 60 mil para Allan e o restante para Eliane. Assim que o valor caiu na conta de Allan, ele sacou R$ 40 mil e Eliane R$ 18 mil.

O restanete seria sacado no dia seguinte, mas o banco descobriu a fraude e bloqueou ambas as contas.

A investigação chegou primeiramente a Tales, nesta quarta-feira (28). O integrante da quadrilha estava no trabalho localizado no cruzamento  das avenidas Júlio de Castilho e Tamandaré. A esposa foi localizada e presa em casa, no bairro Moreninhas. Allan foi preso em seguida.

Na delegacia, o trio confessou o crime e alegou que recebia apenas 10% do total. Durante depoimentos, entregaram a participação de Júlio e Eraldo.

Nas buscas na casa de Eraldo, os agentes encontraram cheques em branco, impressoras, documentos em nome de diversas pessoas e um notebook.

Segundo Peró, Eraldo é ‘velho’ conhecido da polícia pela prática de estelionáto. A invstigação apontou ainda, que recentemente Eraldo comprou uma casa de R$ 450 mil e estaria negociando um carro.

FORMA DE AGIR

A quadrilha agia de diversas formas, mas uma delas ocorria na fila do banco. A vítima que trocaria um cheque de baixo valor, era interceptada por um integrante da quadrilha, antes de chegar na boca do caixa. O estelionatário perguntava se a vítima queria trocar o cheque pelo dinheiro, que na maioria das vezes, aceitava.

Os integrantes tinham contato com empresas de telefonia e pessoas dentro de agências bancárias.

Com o cheque em mãos, o próximo passo seria o de encontrar o número da vítima em agendas telefônicas e fazer a instalação do aplicativo Siga-me, para que as chamadas do banco, para confirmar o alto saque, fossem desviadas para um integrante da quadrilha.

Por exemplo, durante os altos saques, os funcionários dos bancos faziam as ligações, mas os próprios integrante autorizavam.

Os contatos na agência serviam exatamente para saber o saldo do dono da conta era suficiente.

Eles foram presos em flagrante por organização criminosa e quem segue com as investigações é a dedfaz

AUDIÊNCIA DE CUSTÓDIA

Tales e Eliane foram liberados, após pagarem três salários mínimos, cada um. Eles também não tinham passagens pela polícia.

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