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Polícia

Policiais mantêm ‘vigília’ em frente de presídio até companheiros serem soltos

Nesta manhã o juiz manteve a prisão preventiva dos militares
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Nesta manhã o juiz manteve a prisão preventiva dos militares

Em um novo protesto na tarde desta quinta-feira (21), policiais militares e civis prometeram não sair de frente do PME (Presídio Militar Estadual) até que os três PMs presos na noite de terça-feira (19) por lesão corporal sejam soltos. A decisão aconteceu depois que a justiça manteve a prisão preventiva dos companheiros de farda.

Por volta das 14 horas, os policiais começaram a se reunir em frente ao presídio e reforçaram para a imprensa que ficaram de prontidão até companheiros serem liberados. Para os servidores, a prisão dos militares é injusta e baseada apenas nos depoimentos da família da vítima, sem nenhuma investigação prévia.

“Pode durar dois, três dias, enquanto eles não foram soltos vai haver alguém aqui na frente”, afirmou Amauri Braga, diretor de subtenentes e sargentos da ACS-MS (Associação de Cabos e Soldados de Mato Grosso do Sul). Nas palavras do diretor, os policiais estão se organizando para que grupos de folga assumam o lugar dos que precisam trabalhar.

Segundo os colegas, o trio não pode receber visitas e apenas a militar feminina está em um alojamento, os outros dois policiais estão em celas simples. “Todos eles têm sete anos de serviço e estão muito abalados, um dos militares já está falando em sair da PM. Durante todos os anos de serviço não há queixas contra o trio, apenas elogios”, lembra Amauri.

O diretor ainda destacou que a família dos militares está em choque. “Imagina você sair para trabalhar, não voltar até agora e sua família descobrir que você está preso? Daqui uns dias o qualquer suspeito vai alegar que foi agredido pela guarnição, e vai denunciá-la, não podemos trabalhar assim”, adverte.

Para os policiais de plantão em frente ao presídio, ainda não foi explicado o real motivo da prisão.  Nesta manhã, o promotor que acompanha o caso chegou a pedir a soltura dos policiais militares, mas não foi acatado pelo juiz.

De acordo com os policiais que protestaram durante a audiência durante a manhã, até o momento da audiência de custódia, o laudo do exame de corpo de delito do adolescente de 15 anos ainda não havia sido divulgado.

 Além disso, eles alegam que a prisão foi baseada apenas nos depoimentos da mãe, da madrasta, do pai e do próprio adolescente. “Os depoimentos são todos controversos e em uma parte o adolescente contou que pulou da moto em movimento, mas isso não é compatível com as lesões que ele apresenta”, conclui Amauri

Entenda o caso

Conforme a denúncia, uma viatura da PM fazia rondas na tarde desta terça-feira (19), quando abordou dois rapazes, sendo um deles o adolescente em questão, em atitudes suspeitas. Segundo relatado no processo, o rapaz que já tem passagens pela polícia por furto e estupro de vulnerável, desceu do veículo enquanto o piloto da moto fugiu.

A viatura foi atrás do motociclista, não conseguiu alcançá-lo e então retornou e abordou novamente o adolescente. Neste momento, os policiais teriam levado o jovem até um local ermo e tentado obrigar o adolescente a revelar o paradeiro do comparsa.

Em relato à corregedoria, o jovem afirmou que sofreu agressões por três dos quatro militares que estavam na viatura, sendo pressionado a dizer o endereço do rapaz que pilotava a motocicleta. O garoto então passou o endereço da própria casa, foi colocado na viatura e levado ao local, uma residência no Imá, região oeste da Capital.

Já no local, ele começou a gritar os pais, que o viram na viatura e começaram a perseguir o veículo. Após perder a viatura de vista, o pai, Silvio Garcia, ligou para o 190, contando a situação, momento em que a foi acionada e o caso reportado.

Algum tempo depois, o garoto, que foi deixado nas proximidades do Detran (Departamento Estadual de Trânsito), voltou para casa e foi até a Corregedoria acompanhado do pai. Os policiais negaram a ação, mas acabaram presos por conta do depoimento da vítima e de testemunhas.

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