Até agora, sete pessoas foram encontradas

As escavações no Jardim Veraneio, onde as vítimas de um esquema de exploração sexual e tráfico de drogas eram enterradas, foram retomadas nesta segunda-feira (5). Equipes da Polícia Civil e da Perícia estão no local, mas até o momento não há detalhes sobre os trabalhos dos policiais.

As investigações agora são coordenadas pela DEH (Delegacia Especializada de Repressão Aos Crimes de Homicídios) e a polícia já fala em 16 vítimas da rede de exploração, todas moradoras do Danúnbio Azul. Desde cedo, as equipes estão no local e fazem escavações em buscas dos retos mortais das vítimas de Luiz Alves Martins Filho, de 49 anos, o Nando.

A polícia procura por dois corpos e a perícia também está no local. Ainda não há informação se novas ossadas foram encontradas.Até o momento, sete vítimas foram encontradas no ‘cemitério clandestino’.

Segundo a polícia, as vítimas tinham envolvimento com drogas e assim foram atraídas por Nando. Elas se prostituíam e faziam programas sexuais com o criminoso para receberem drogas como pagamento e sustentarem o vício.

Conhecido e temido no bairro, Nando passou 4 anos cometendo homicídios e explorando sexualmente as vítimas, sem ser denunciado. Segundo a polícia, ele enforcava ou estrangulava as vítimas porque não gostava de ver sangue e depois as enterrava de cabeça para baixo.

Mortes no Danúbio Azul

Café’, que não teve o nome divulgado, foi morto por Jean, Michel e Nando e localizado em uma das primeiras buscas. Ele devia dois fretes no valor de R$ 170 para Nando.

‘Alemão’, morto há 4 anos por Jean, Nando e uma terceira pessoa ainda não identificada e também já foi encontrado. Ele vendeu para um integrante do grupo criminoso uma TV e usou o dinheiro para comprar drogas. Ao descobrirem que o aparelho era furtado, os criminosos mataram o rapaz.

Bruno Santos da Silva, o ‘Bruninho’, foi assassinado em 2013 por Nando e localizado pela polícia na semana passada. Em 2009 ele teria agredido um sobrinho de Nando, que o estrangulou por vingança. Ana Cláudia Marques, de 37 anos, era mãe de 6 filhos e foi assassinada em setembro de 2015 por dívidas de drogas com o grupo. Na quarta-feira (23) ela foi localizada.

Nesta quinta-feira (24) foram encontrados, Jhennifer Luana Lopes, a Larissa, morta em março deste ano, aos 16 anos, por Nando e Michel porque praticava furtos e Lessandro Valdonado de Souza, de 13 anos, que foi assassinado porque flagrou uma traição da cunhada de Talita e convenceu ele a matar o menino.

A última vítima encontrada foi identificada como Aline Farias Silva, de 22 anos. Ela foi morta por furtas objetos no bairro para comprar drogas.

Ainda estão desaparecidos: Jennifer Lima da Silva que sumiu aos 13 anos. Ela foi enforcada por Wagner, Jean e Nando, porque também praticava furtos no bairro para conseguir manter o vício em entorpecentes.

Alex da Silva Santos, assassinado em março de 2016 aos 18 anos. Wagner e Nando cometeram o assassinato por ele ter furtado ferramentas no valor de R$ 70. Eduardo Dias Lima, o ‘Eduardinho’, de 15 anos, que foi assassinado em 2015 por furtar garrafas de Nando.

Vanderlei de Almeida Junior foi morto também por praticar furtos. Em 2013 Nando já teria tentado assassiná-lo. Daniel de Oliveira Barros foi assassinado em março de 2014, com 28 anos. Nando o matou com golpes de chave de fenda no pescoço por praticar furtos no Danúbio Azul. (Matéria editada às 16h20 para acréscimo de informação)

Danielle Valetim