Há duas linhas de investigação
Na última semana, a Polícia Civil apreendeu um carro que pode levar à solução do crime que vitimou Ivanildo Albertoni da Costa, de 34 anos, no dia 11 de setembro. O veículo deve passar por perícia ainda nesta terça-feira (4).
Conforme o delegado Paulo Sá, da 3ª Delegacia de Polícia Civil de Campo Grande, que comanda as investigações do homicídio, além da primeira linha de investigação que tratava de acerto de contas por causa de drogas, também há a suspeita de crime passional. Ou seja, por motivações ligadas a questões amorosas.
O carro, um Peugeot que não teve cor ou placas divulgadas para não atrapalhar nas investigações, estaria sendo utilizado por Ivanildo semanas antes do crime. O proprietário do veículo, no entanto, era uma outra pessoa, do convívio da vítima. Segundo o delegado, já há um suspeito de ter cometido o homicídio, mas nada pode ser adiantado até que saiam os resultados da perícia.
Além disso, o carro também teria sido visto no dia 11, no local do crime. A Polícia Civil já descartou a possibilidade de latrocínio, roubo seguido de morte, e o caso pode ser solucionado em breve.
Relembre o crime
Ivanildo estava nu, amarrado em um poste, com o corpo queimado e sinais de espancamento quando foi encontrado na região de chácaras. Segundo o dono de uma chácara, por volta das 5h20 seu caseiro foi abrir o portão da propriedade e se deparou com um homem pedindo socorro. Desta forma, ele voltou e chamou o patrão, que ligou para a polícia.
A Polícia Militar chegou e precisou usar uma tesoura de podar árvore para conseguir desamarrar a vítima. Em seguida chegou o Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência), que por cerca de uma hora fez massagem cardíaca na vítima.
Segundo o proprietário da chácara, a vítima relatou à polícia que foi assaltado no bairro Santo Amaro e levado para este local com seu carro Voyage, onde os assaltantes o deixaram nesta situação, mas a polícia chegou até a informação de que ele não teria carro.
O irmão da vítima prestou depoimento na delegacia afirmando que ele era muito ‘problemático’, e que tinha envolvimento com drogas. O delegado ainda afirmou que Ivanildo possuía ‘vários rolos’ por conta de dinheiro.