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Polícia

MS lidera ranking de atendimentos no SUS de mulheres agredidas no país

A cada quatro minutos, uma mulher vítima de agressão é atendida
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A cada quatro minutos, uma mulher vítima de agressão é atendida

Mato Grosso do Sul é o Estado com a maior taxa de casos de violência contra a mulher registrados em atendimentos no SUS (Sistema Único de Saúde). A cada 10 mil atendimentos feitos pelo sistema público de saúde, 37,4 são de mulheres que foram agredidas. A taxa de homens vítimas de agressão também é o maior de todos os Estados: 22,6 a cada 10 mil atendimentos.

O número destoa do registrado nos outros Estados. Segundo o Mapa da Violência 2015 – Homicídio de Mulheres no Brasil, um dos anuários mais respeitados sobre violência no país, o número de mulheres vítimas de agressão atendidas pelo SUS em Mato Grosso do Sul segue isolado no ranking: o segundo e terceiro Estados com maiores taxas são Acre e Tocantins, com 26 e 25,8 casos, respectivamente.

O documento também revela que a maioria das mulheres agredidas acolhidas pelo sistema de saúde pública são adolescentes entre 12 a 17 anos, mesma idade das jovens recentemente vítimas de estupros coletivos que repercutiram no país, no e no Piauí. Os dados são oriundos do Sinan (Sistema de Informação de Agravos de Notificação), que registra os atendimentos na rede do SUS.

Segundo os dados do sistema, 147.691 registros de violência sexual, física ou psicológica contra mulheres foram feitos em 2014, última atualização do Mapa da Violência, o que significa 405 por dia, ou um caso de violência a cada quatro minutos. Especialistas apontam que seria necessário encerrar a “lógica justificadora” que tenta jogar a culpa dos crimes para as vítimas, para barrar as estatísticas.

Outro dado intrigante da pesquisa mostra que apenas 13% desses casos de agressão são cometidos por uma pessoa desconhecida da vítima. A maioria das ocorrências (22,5% ) são de responsabilidade de pessoas próximas das mulheres, como namorados, ex-namorados, pais, irmãos e padastros. No caso da menor de 16 anos vítima de estupro coletivo no Rio, um dos suspeitos é ex-namorado da vítima.

“A normalidade da violência contra a mulher no horizonte cultural do patriarcalismo justifica, e mesmo ‘autoriza’, que o homem pratique essa violência, com a finalidade de punir e corrigir comportamentos femininos que transgridem o papel esperado de mãe, esposa e dona de casa”, aponta o Mapa da Violência – Homicídio de Mulheres. “Culpa-se a vítima pela agressão, seja por não cumprir o papel doméstico que lhe foi atribuído, seja por ‘provocar’ a agressão dos homens nas ruas ou nos meios de transporte, por exibir seu corpo.”

(Sob supervisão de Evelin Araujo)

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