Pular para o conteúdo
Polícia

MP-RJ vai analisar questionamentos de advogada sobre investigação de estupro

Tratado de forma "machista e misógina"
Arquivo -

Tratado de forma “machista e misógina”

O Ministério Público do Estado do (MP-RJ) se reuniu na noite de hoje (28) com a advogada da adolescente que denunciou ter sido vítima de coletivo para ouvir questionamentos em relação à investigação da Polícia Civil. O órgão vai avaliar os pedidos para, então, dar uma resposta às ponderações apresentadas.

As advogadas Eloisa Samy e Caroline Bispo não detalharam quais pedidos foram feitos ao MP-RJ. Eloisa afirmou, porém, que o caso foi tratado de forma “machista e misógina” em depoimento prestado ontem (27) pela vítima à Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI).

“O que me incomodou foi o machismo e a misoginia (repulsa, desprezo e ódio à mulher) com que o delegado está tratando desse caso específicamente, desconsiderando o estupro, colocando o estupro como um crime menor”, afirmou Eloisa. “Quero, primeiro, que se encontre os responsáveis por esse crime, e que a vítima seja tratada com o respeito que ela merece”, acrescentou.

A advogada disse ainda que seria melhor que uma delegada mulher cuidasse do caso. “O que eu acho não faz a menor diferença. Eu acho que deveria ser uma delegada. De onde, eu não sei. Isso não é da minha competência, e também não é da competência do Ministério Público determinar.”

A promotora de justiça Lúcia Iloízio, coordenadora do Centro de Apoio Operacional às Promotorias de Violência Doméstica contra a Mulher, e o procurador de Justiça Márcio Thomé, coordenador de Direitos Humanos do MP-RJ, receberam as advogadas. A promotora afirmou que as ponderações serão analisadas, assim como os autos do inquérito.

“Essa análise vai ser feita de forma muito criteriosa pelo Ministério Público, e, se for o caso, inclusive, de posse dos autos do inquérito. Tem que ser avaliado exatamente tudo que consta nos autos do inquérito. Essa é a primeira premissa que a gente pode informar”, disse a promotora.

O coordenador de Direitos Humanos do MP-RJ considera o crime de estupro uma “aberração”, e destacou que o Ministério Público recebeu as advogadas por estar preocupado com a vulnerabilidade da vítima, que é menor de idade, mulher e está exposta desde a divulgação do crime.

Durante a tarde, a Polícia Civil já havia divulgado uma nota em resposta aos questionamentos da advogada, e afirmou que a investigação está sendo conduzida de forma técnica e imparcial pela DRCI. Além disso, a polícia ressalta que a Ordem dos Advogados do , seccional Rio de Janeiro (OAB/RJ), vai acompanhar o caso, e até já nomeou o presidente da Comissão de Segurança Pública da ordem, o advogado Breno Melaragno, para isso.

 

 

 

 

Compartilhe

Notícias mais buscadas agora

Saiba mais

Logo após ser preso, homem sofre ferimentos dentro da cela e é levado à Santa Casa

Casos de bullyng ocorrem em todas escolas do Brasil, segundo a Unesco

Após celular de amiga ser clonado, vítima perde R$ 2.300 mil em golpe

Indivíduo é detido por receptação quando empurrava moto roubada em plena Afonso Pena

Notícias mais lidas agora

Entre tantas, alienação parental é mais um tipo de violência contra mães

Com superlotação e sem insumos, Santa Casa suspende atendimento em Campo Grande

Mãe que faleceu em acidente na BR-163 comemorou viagem dias antes: “aproveitar um pouco”

Atlético-MG vira pra cima do Fluminense e vence por 3 a 2 na reabertura da Arena MRV

Últimas Notícias

Polícia

Rapaz é executado com 12 tiros em frente de casa no Tiradentes em Campo Grande 

Rapaz chegou a ser levado para UPA

Charge

Respeite o ciclista

Polícia

Homem foge para casa da mãe após agredir a mulher em Dourados

Agressor foi preso e também estava com ferimentos

Famosos

Cantora Linn da Quebrada confirma que teve depressão e usou drogas  

Artista voltou aos palcos após internações para se recuperar