Ela já passou por três estados 

A mãe e também advogada do campo-grandense Leonid El Kadri de Melo já viajou três estados para conseguir ter acesso ao processo que o aponta como suspeito de envolvimento a possíveis ataques terroristas durante os Jogos Olímpicos Rio 2016, que acontecem no próximo mês. O suspeito foi preso no domingo (24) no Mato Grosso.

A denúncia foi feita pela irmã do suspeito, Keina El Kadri de Melo. Para a equipe do Jornal Midiamax, ela contou que depois de saber da prisão, a mãe Zaine El kadre, que é a responsável pela defesa do irmão, viajou até o Mato Grosso para ter acesso às acusações contra ele, mas não obteve resposta da Polícia Federal, ou da justiça.

A advogada então veio para , para onde Leonid deveria ser transferido, mas também não conseguiu acesso as informações e a nenhuma confirmação sobre a vinda do filho para a cidade. Segundo Keina, mesmo ‘sem nada oficial', a família descobriu que possivelmente a transferência para o Presídio Federal da Capital aconteceria nesta quarta-feira (27).

Agora, a advogada de Leonid está em Curitiba na busca de informações, já que foi a 14ª Vara da Justiça Federal da capital paranaense que autorizou a . “A gente espera ver o processo e as acusações contra meu irmão”, afirmou Keina.

A mulher ainda lembrou que a família chegou a encontrar em contato com o delegado responsável pelo caso logo que o parente foi apontado como ‘terrorista', mas na data foi avisada que qualquer tipo de informações seria repassado depois da prisão de El Kadri, o que ainda não aconteceu.Mãe-advogada de campo-grandense suspeito de terrorismo viaja atrás de informações

Segundo Keina, Valdir Pereira da Rocha, preso na Operação Hashtag e amigo de Leonid, também não foi transferido para o presídio e continua no Mato Grosso.

Operação Hashtag

Segundo o ministro da Justiça Alexandre de Moraes, o suposto grupo terrorista era uma ‘célula absolutamente amadora' do Estado Islâmico, porque não tinha ‘nenhum preparo'. O ministro citou como exemplo mensagens do suposto chefe do grupo de que era necessário aprender artes marciais e atirar com armas.

Conforme o titular da Justiça, o grupo não tinha contato pessoal, e só se falava pelos aplicativos WhatsApp e Telegram. Além disso, quando o líder dava as ordens, ‘cada um tinha que cuidar de si'.