Autoridades cobram Governo Federal

Durante a incineração de mais de 83 toneladas de drogas na manhã desta terça-feira (21), no frigorífico JBS, governador e secretário falaram sobre os gastos com traficantes presos em Mato Grosso do Sul, que na maioria das vezes iriam para outros estados. Detidos na ‘rota do tráfico’, esses presos somam gastos de R$ 11 milhões por mês ao Estado.

Segundo o secretário Barbosinha, da Sejusp (Secretaria de Justiça e Segurança Pública), Mato Grosso do Sul ‘trabalha’ para os outros estados, no que se refere a apreensão de drogas e prisão de traficantes, uma vez que o Estado é rota para o transporte de entorpecentes do Paraguai ou Bolívia para o Brasil.

“São 1.500 quilômetros de fronteira fiscalizados, gerando despesas para o Estado”, afirmou Barbosinha. De acordo com o secretário, 40% dos presos em MS, aproximadamente 6 mil presos, ocupam presídios cumprindo pena por tráfico de drogas. “Isso acarreta em gastos de R$ 11 milhões mensais”, revela o secretário.

Ainda conforme Barbosinha, Governo Federal será cobrado para ressarcimento desta dívida. “A maior parte das drogas apreendidas teriam como destino outros estados”, afirma. O Mato Grosso do Sul não é produtor de maconha ou cocaína, mas por ser ‘rota para o tráfico’, acaba sendo o local onde a maioria dos acusados são presos.

Radicalismo de Trump

O governador Reinaldo Azambuja (PSDB) falou sobre o prejuízo ao narcotráfico no Brasil com a apreensão das mais de 83 toneladas de droga. O entorpecente, avaliado em mais de R$ 66 milhões de reais, deixa de chegar ao usuário de drogas, evitando problemas sociais, e também impede que o dinheiro ilícito chegue aos traficantes, destacou o governador.

Azambuja ainda relembrou Donald Trump, candidato à presidência nos Estados Unidos “O combate não precisa ser radical, como Trump – que demonstrou intenção em erguer um muro entre EUA e México – mas se houvesse mais apoio do Governo Federal, conseguiríamos combater melhor o tráfico de drogas na fronteira”, afirmou.

As 83 toneladas de entorpecente, maconha e cocaína, foram apreendidas no período entre junho de 2015 e junho de 2016.