Guilherme morreu logo após a prisão

Familiares de Guilherme Gonçalves Barcelos, de 31 anos, pedem explicações ao Estado sobre a morte do homem, que foi preso na noite de terça-feira (24) e encontrado sem vida na cela, algumas horas depois, já na madrugada de quarta-feira (25). O caso foi divulgado pela Polícia Civil como suicídio, mas a família da vítima ainda espera informações aprofundadas.

Guilherme era investigado por participação no duplo homicídio de Alberto Aparecido Roberto Nogueira, de 55 anos, o ‘Betão’, e Anderson Celin Gonçalves da Silva, de 36 anos, investigador da Polícia Civil. Segundo a família, ele já teria prestado dois depoimentos e colaborava com as investigações do crime.

Suspeito de ter algum envolvimento com o crime, Guilherme foi preso na noite de terça-feira. “Não chegamos nem a saber da prisão, ninguém informou nem a nós e nem ao advogado. Ele chegou na delegacia vivo e só recebemos o corpo”, conta um familiar, que não será identificado na matéria. A família cobra explicações sobre o que ocorreu. “O Guilherme estava sob tutela do Estado e é do Estado que espero uma resposta sobre o que aconteceu”, comenta o parente.

Ainda de acordo com pessoas próximas a Guilherme, ele não tinha passagens policiais. A família também aguarda laudos necroscópicos que conformem a causa da morte. A princípio, a Polícia Civil, por meio da assessoria, divulgou nota informando que o homem teria se suicidado na cela com uma calça jeans. Não há informação de que a morte esteja sob investigação e a polícia também não divulga qualquer assunto relacionado ao duplo homicídio em Bela Vista.

O corpo de Guilherme já foi entregue a familiares e velado, mas as respostas ainda não foram dadas pela polícia. O caso segue tratado como suicídio.