No último golpe ele faturou um iPhone

Carlos Roberto Pereira Junior, de 27 anos, foi preso em flagrante na quinta-feira (28), no Caiobá, após aplicar golpe de em uma mulher de 30 anos. Várias denúncias já foram feitas contra o rapaz, que se passava por policial para convencer as vítimas a comprarem objetos caros para ele, como celular e até um carro.

De acordo com o delegado Giulliano Biacio, da Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) da Vila Piratininga, Carlos foi encontrado após a mulher registrar boletim de ocorrência contra ele. Ela o conheceu através de uma rede de relacionamentos e foi convencida a comprar um iPhone para o golpista, que se passou por policial federal.

Segundo o delegado, Carlos também tem contra ele denúncias por furto e receptação. Em Ponta Porã ele chegou a dar golpe em uma mulher que foi convencida a comprar para ele um Elantra avaliado em R$ 80 mil. O rapaz foi preso na casa em que mora com a mãe e a própria irmã é a advogada de defesa.

Para o delegado, Carlos disse que já foi tenente do Exército, que era policial militar licenciado e que também era filho de coronel do Exército. No entanto, os investigadores constataram apenas que Carlos já fez curso para ser policial militar, mas foi excluído. Ele deve ir para audiência de custódia, mas por se tratar de um crime que não é de grave ameaça ou que represente risco de morte para alguém, pode ser solto pela Justiça.

Modus Operandi

Carlos conquistava as vítimas pela conversa. Ele sempre dizia que tinha algum cargo importante como membro do Exército, Polícia Militar, Polícia Federal, entre outros. Para conseguir aplicar o golpe, ele mentia para as vítimas que a conta bancária estava bloqueada e que precisava comprar algum pertence, mas que pagaria depois.

No último caso, que aconteceu nesta semana, Carlos disse para a vítima que era agente água 78 da Inteligência da Polícia Federal. No domingo (24), ele comentou que estava passando por problemas com a conta no banco e precisava urgente comprar um iPhone para usar em serviço durante as Olimpíadas.

Ele disse que a conta estava bloqueada e só resolveria o problema em 48 horas. Além disso, disse que a mãe estava em uma chácara e o pai em um cruzeiro e não tinha como comprar o aparelho. A vítima acabou caindo na conversa do golpista e comprou o celular. Na quarta-feira (27), prazo dado por ele para devolver o valor, Carlos disse que não conseguiria tirar o dinheiro, quando a vítima percebeu o golpe.

Ele agora terá mais um processo por estelionato e foi indiciado. A irmã e advogada não quis falar com a imprensa sobre o caso.

ATUALIZAÇÂO: De acordo com a defesa de Carlos, ele foi absolvido dessa acusação em dezembro de 2016, conforme decisão do juiz Márcio Alexandre Wust, da 6ª Vara Criminal de . (Matéria atualizada em 12 de agosto de 2021)