Em 2014, ela vitimou um casal de idosos, que tinha um filho especial
Donata de Souza da Silva, de 57 anos, que dopa idosos para depois roubá-los foi detida nesta quarta-feira (7), no Bairro Joquei Clube, após ser reconhecida e localizada por investigadores da Derf (Delegacia Especializada em Roubos e Furtos). No último dia (1º), ela roubou de um casal de idosos, de 74 e 77 anos, a quantia de R$ 100 e um par de alianças. Em 2014, quando praticou o mesmo crime, levou do casal cerca de R$ 18 mil.
A estelionatária conheceu a idosa de 74 anos dentro do ônibus, no Bairro Aero Rancho. Durante conversa descobriu onde a idosa desceria e desembarcou no mesmo ponto, conforme o delegado Reginaldo Salomão.
Segundo a polícia, à vítima, Donata teria dito que era revendedora da Natura e que faria algumas cobranças na região. Ela acompanhou a idosa até a casa, pediu um copo d’água e ficou conversando com ela e o esposo, de 77 anos.
Em meio a conversa, eles combinaram de tomar sorvete juntos e foram até o supermercado próximo à residência. Retornaram e durante distração das vítimas com as taças de sorvete, Donata colocou gotas do anti-depressivo Clonazepam, que passaram a ficar sonolentos.
Com as vítimas sonolentas, a estelionatária entrou no quarto do casal, pegou o dinheiro da bolsa e quando eles dormiram retirou as alianças. Antes de fugir chegou a realizar ligações do celular das vítimas e também o roubou.
A idosa chegou a ficar internada por um dia e o idoso por dois, por causa do medicamento.
Descoberta
Durante as investigações, os agentes foram até o mercado onde o sorvete teria sido comprado e nas imagens os investigadores reconheceram Donata como suspeita de um crime, nas mesmas características, porém em 2014. Como já tinham a identificação, na manhã desta quinta fizeram a detenção no Bairro Joquei Clube.
Na delegacia, a estelionatária confessou o crime e disse que vendeu as alianças por R$ 200 para um desconhecido. Com ela foram encontrados três frascos do remédio usado no crime.
Segundo o delegado, ela afirmou à polícia, que comprou o medicamento em Ponta Porã, a 346 quilômetros da Capital, sem receita médica, na intenção de cometer os crimes. De acordo com a polícia, as vítimas escolhidas são sempre idosos.
“Ela é dissimulada, fala muito bem, tem conhecimento do que fala. Durante o depoimento, deixou de responder muitas perguntas”, disse o delegado.
Ainda conforme Salomão, ela não usava o próprio nome, mas o das irmãs Renata e Clara, que moram no Estado de São Paulo. Na igreja que frequentava se apresentava como Renata e a polícia também deve investigar se ela praticou algum crime de estelionato no local.
Ela chegou a registrar um boletim e ocorrência de extravio da CNH (Carteira Nacional de Habilitação) da irmã dela, identificada como Renata e a polícia investigará se o documento é falso.
O delegado orienta que se alguém que foi vítima e reconhece Donata procure a polícia.
Outros crimes
Em 2014, Donata vitimou um casal de idosos, que tinha um filho com necessidades especiais. Ela ganhou a confiança da família e começou a cuidar do menino. Após alguns dias, ela dopou a família e levou R$ 8 mil que estavam na casa e depois fez saques que totalizaram R$ 10 mil.
Ela já ficou presa, por noves meses, em Cuiabá, no Mato Grosso, peo crime de estelionato. O delegado ainda afirma que ela tem mais cinco passagens nos Estados de São Paulo e Paraná.
Ela será indiciada pelos dois crimes, de 2014 e o de 1º dezembro.