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Polícia

Escolta a pé: crise de viaturas na segurança pública atinge também Polícia Civil

Em Ponta Porã policiais precisaram escoltar sete detentos a pé
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Em policiais precisaram escoltar sete detentos a pé

A crise de viaturas que atinge a segurança pública de Mato Grosso do Sul chegou também a Polícia Civil. Em Ponta Porã policiais da 1ª Delegacia de Polícia Civil precisaram escoltar sete detentos a pé para que eles conseguissem fazer o exame de corpo de delito antes da transferência para o presídio da cidade.

O caso foi denunciado pelo (Sindicato dos Policiais Civis de Mato Grosso do Sul) nesta quinta-feira (7). De acordo com o presidente do sindicato, Giancarlo , a cena aconteceu em virtude à falta de combustível para as viaturas.

Para o sindicado, a situação não colocou apenas quatro policiais que realizaram o trabalho em risco, mas também toda a população que mora próximo ao local. “Há um terreno baldio, diversas casas e uma escola na região. Locais para onde o detento poderia fugir e render um morador ou uma criança” defende Miranda.

O problema de combustível no Estado, segundo o sindicado, não é de hoje. Em 2014 as cotas de abastecimento das viaturas foram reduzidas e desde então o combustível é ‘regrado’, além de possuir um sistema burocrático para a liberação do mesmo. “Estamos com a mesma cota a dois anos, nesse tempo a cidade aumentou, a criminalidade aumentou e precisamos rodar mais. Muitas vezes o policial usa recursos próprios para conseguir trabalhar”, explica o presidente.

Além da falta de combustível, Giancarlo destaca ainda viaturas antigas e sem manutenção. “Não ha viaturas, praticamente metade está baixada, sem condição de uso, são carros com mais de seis anos, sete anos de uso, que não são mais apropriadas para o serviço policial”. Existem ainda, segundo o presidente, os casos em que os policiais são impedidos de usar os veículos por falta de revisão, ou manutenção.

“O sindicado está reivindicando essas melhorias o ano passado inteiro, pedimos providências. Não é só as viaturas, os coletes estão vencidos, as delegacias não têm estrutura nem para a população nem para os servidores. Policiais estão ficando doente por causa do local de trabalho”, lamente Giancarlo.

Para o delegado-geral da Polícia Civil Roberval Maurício Cardoso Rodrigues, que entrega o cargo na segunda-feira (11), os problemas na Polícia Civil são ‘reflexos da crise brasileira, que no Estado atinge todo o setor da segurança pública’.

Roberval admite que há pouco combustível, mas diz que a situação não impede ou atrapalha o trabalho que hoje é desenvolvido pela Polícia Civil do Estado. Ele afirma que nenhuma viatura está parada por falta de combustível. “Não tem fartura de combustível, mas estamos trabalhando. Quando precisa de viatura para uma diligência, temos a cota extra de abastecimento para emergência”, diz.

A mesma situação se aplica as viaturas, mesmo com um grande número de veículos em manutenção, muitas vezes por conta da burocracia, o trabalho não é prejudicado.

“Não tem fartura, quanto mais viaturas melhor. Claro que seria melhor se tivéssemos mais, mas dentro do que a crise nos proporciona estamos fazendo um bom trabalho. No ano de 2015, até fevereiro de 2016 mais de 80% dos homicídios foram elucidados na Capital e quase 70% no interior”.

Problema Antigo

Na semana passada, o Batalhão de Choque da Polícia Militar voltou a ficar sem viaturas para realizar rondas nos bairros de Campo Grande. As quatro viaturas alugadas pelo Governo do Estado foram retiradas de circulação para troca de pneus e manutenção dos freios e por isso ficaram paradas por mais de três dias.

O aluguel dos veículos foi uma tentativa do governador Reinaldo Azambuja para suprir a demanda da Polícia Militar e substituir as viaturas sucateadas do batalhão. Na época, 10 viaturas foram locadas pelo valor mensal de R$ 12,250,00, cinco delas foram destinadas ao Choque.

Além das policias, o Corpo de Bombeiros também tem passado por dificuldade por conta das viaturas sucateadas. Nesta semana, o Jornal Midiamax recebeu denuncias de leitores sobre a demora no atendimento em virtude a falta de Unidade de Resgate em circulação.

“Acionamos o Corpo de Bombeiros e eles demoraram 30 minutos para chegar, quando perguntamos o motivo falaram que havia apenas uma viatura na rua e eles estavam em outra ocorrência”, reclama um leitor que preferiu não se identificar.  

Sejusp

Em reunião com o comandante-geral da Polícia Militar, Jorge Edgard Júdice Teixeira, na manhã desta quinta-feira (7), o secretário de Estado de Justiça e Segurança Pública, José Carlos Barbosa se comprometeu busca recursos para melhorar as estruturas, comprar equipamentos, armas e insumos para as polícias.

“O governador Reinaldo Azambuja já sinalizou que pretende realizar a compra de um grande número de viaturas que serão emprenhadas na realização do policiamento preventivo e ostensivo, para impedir que os crimes ocorram”, destacou o secretário em nota encaminhada pela Sejusp (Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública).

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