Os policiais prometem “mais segurança para população”

Policiais militares do BOPE (Batalhão de Operações Especiais) foram enviados a , a 313 quilômetros de Campo Grande, nesta segunda-feira (20) para reforçar a segurança na fronteira do Estado. A medida foi tomada depois dos ataques que resultaram na morte de Jorge Rafaat, o “Rei da Fronteira” e outros três homens em Pedro Juan Caballero.

De acordo com o Comando Geral da Polícia Militar, policiais da tropa de elite foram para a cidade para reforçar o trabalho realizado pelos militares lotados no 4º Batalhão de Polícia Militar e “trazer mais segurança para população local”.

Desde a morte do narcotraficante, agentes da segurança pública estão em alerta na fronteira e moradores assustados, na última quarta-feira (16) o secretário de Estado de justiça e segurança pública de Mato Grosso do Sul, José Carlos Barbosa, o Barbosinha (PSB), reforçou a necessidade da participação efetiva do Governo Federal para retomar o controle da fronteira.

Na tentativa de apoio, o secretário chegou a se reunir com o superintendente da Polícia Federal e também não afirmou que recorreria ao Exército Brasileiro e a Força Nacional para fortalecer a fronteira.

Clima de guerra

Rafaat foi executado com o uso de armamento de guerra, por volta das 18h30 do dia 15 de junho, no centro de Pedro Juan Caballero. Outras duas pessoas morreram. Houve tiroteio e nove pessoas foram presas, entre eles o brasileiro Sérgio Lima dos Santos, ex-militar carioca, que teria ligações com facções criminosas e já foi preso por atuar no tráfico no Rio de Janeiro.

As empresas da família do narcotraficante na região, entre elas a revenda de pneus que foi alvo de tiros no dia da morte de Rafaat estão fechadas. Ao todo, são oito firmas.

Neste domingo (19), o brasileiro Fábio da Silva Vilhalba, de 23 anos e os paraguaios Esteban Benitez, de 35 anos e Nelson Benitez Espinoza, de 37 anos, foram executados enquanto jogavam vôlei.

Os atiradores estavam na Hilux SW4 branca, placas OOU-3661 de Ponta Porã (MS), possível produto de roubo, e iniciaram uma sequência de ataques a estabelecimentos comerciais de Jorge Rafaat. Após denúncias, houve perseguição policial e há indícios que, para despistar os agentes, o grupo teria cometido as execuções.

Na perseguição houve troca de tiros e os suspeitos acabaram batendo a Hilux em um estabelecimento, conhecido como Bar Ramon, quando duas pessoas foram detidas.