Policial assumiu o caso ontem
Cristiana Bento, delegada responsável pelas investigações do estupro coletivo, que vitimou uma adolescente de 16 anos no Rio de Janeiro (16), afirma não ter dúvidas do crime. Ela assumiu as investigações no domingo (29), após o delegado Alessandro Thiers ser afastado, pediu prisão temporária de seis envolvidos e um já foi detido.
Nesta segunda-feira (30), a delegada falou sobre o caso durante coletiva de imprensa. Segundo ela, não há qualquer dúvida de que tenha ocorrido estupro. “A minha convicção é que houve estupro. Está lá no vídeo, que mostra um rapa manipulando a menina. O estupro está provado. O que eu quero agora é verificar a extensão desse estupro, quantas pessoas praticaram esse crime”, disse.
Ainda conforme a delegada Cristiana, da DCAV (Delegacia da Criança e do Adolescente Vítima), o processo está em segredo de justiça e, por isso, não foram apresentados detalhes dos depoimentos da adolescente e dos suspeitos. Conforme apurado pela Folha de São Paulo, já foram expedidos pedidos de prisão temporária de seis homens e um deles foi localizado e preso nesta segunda-feira. Os outros não foram localizados nos endereços que passaram à polícia.
O exame de corpo de delito, feito pelo IML (Instituto Médico-Legal) não constatou existência de material biológico no corpo da vítima. “Os vestígios se perderam em razão dos vários dias que se passaram. Mas a polícia não pode afirmar que não houve lesão só porque o laudo não constatou”, afirmou a diretora do IML Adriane Rego. “Nos crimes sexuais, o exame de corpo de delito é importante, mas não é determinante”, disse a delegada.
Embora o exame não tenha apontado qualquer prova, não há dúvidas do crime para a polícia. “O vídeo prova o abuso sexual, além do depoimento da vítima”, comentou a delegada. Ainda segundo a polícia, como a vítima estava desacordada durante o crime e não houve resistência, pode ser que não haja lesões.
Por fim, o chefe da Polícia Civil, Fernando Veloso, afirmou que a polícia vai prender “qualquer pessoa que tenha envolvimento com o tráfico naquela comunidade, esteja lá ou em outras”, para que sejam ouvidos pela delegada.
