Fugitivo do Pará, ele estaria negociando droga em MS

Apontado como um dos chefes de uma quadrilha de tráfico de drogas do Pará, Oziel Barbosa, de 27 anos, é o homem morto na tarde de quarta-feira (6) após trocar tiros com policiais no Jardim Seminário. Segundo a Polícia, ele era foragido e havia 7 mandados de prisão em aberto contra ele. Além disso, conforme a polícia, apesar dos menos de 30 anos, Oziel tinha envolvimento em pelo 50 assassinatos.  Ele era conhecido no Pará como “Chili”, em referência a um bandido ligado ao traficante colombiano Pablo Escobar, morto na década de 1990.

Oziel, apontado também como líder de uma facção criminosa que atua no Norte do País, estaria em para negociar a compra de 1 tonelada de maconha. De acordo com os delegados Edilson dos Santos e Fábio Peró, do Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubo a Banco, Assalto e Sequestro), a unidade atuava na investigação em apoio ao GPE (Grupo de Pronto Emprego da Polícia Civil) do Pará desde a última quinta-feira (31). Os policiais tiveram a informação de que Oziel e dois comparsas estariam na Capital negociando a compra de entorpecente que seria levado e vendido no Pará.

Informações que constam de processo contra Oziel indicam que ele era um dos líderes do bando, do qual também fazia parte um irmão dele.

Segundo o delegado Edilson, os três envolvidos na negociação de drogas em Campo Grande, Oziel, Rosival Fernandes da Cruz, de 47 anos, o ‘Baiano', e Bruno Quadro das Neves, de 28 anos, o ‘Macapá', já haviam sido identificados pela polícia do Pará e eram procurados na Capital.

Por volta do meio-dia de quarta-feira, policiais receberam informação de que Bruno estaria nas mediações da rodoviária e o rapaz foi encontrado na companhia de Rosival. Na abordagem, Rosival chegou a se apresentar como Rosivaldo, usando documento falso, fato que lhe rendeu prisão por crime inafiançável. Ainda conforme a polícia, os dois revelaram onde estariam morando, uma casa na Rua Torre do Alto, no Jardim Seminário. Os policiais foram ao local e, quando abriram o portão, foram recebidos a tiros por Oziel, segundo foi informado na entrevista coletiva.

Troca de tiros

Conforme o Garras, Oziel efetuou três disparos, mas apenas dois foram deflagrados e nenhum atingiu os policiais, que revidaram efetuando um disparo, que atingiu o tórax do foragido. Ele foi socorrido pelos civis e levado para a UPA (Unidade de Pronto Atendimento) Vila Almeida, mas não resistiu.

De acordo com a polícia, foi apreendido um revólver calibre 38, que estava adaptado para calibre 357. Oziel usava um documento falso, em nome de Cleiton Rodrigues da Silva.

A polícia ainda afirma que ele era conhecido como ‘Chilli', apelido do braço direito de Pablo Escobar, famoso traficante colombiano. Além disso, Oziel seria chefe do CCA (Comando Classe A), facção criminosa que atua na região norte do Brasil.

Bruno também tinha mandado de prisão em aberto, por tráfico, e foi preso. Já Rosival responderá pelo uso de documento falso. Segundo a polícia, o grupo estava em Campo Grande há aproximadamente um mês e usava a casa onde Oziel morreu para fazer ‘reuniões' e negociações para compra de 1 tonelada de maconha.