Casal preso com R$ 8 milhões ficou com R$ 10 mil e não poderá ir à fronteira

Eles foram soltos nesta terça-feira

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Eles foram soltos nesta terça-feira

O casal que foi preso no sábado (9) com US$ 2,4 milhões, o equivalente a R$ 8 milhões, ficou com R$ 10 mil do valor, segundo o termo da audiência de custódia da Justiça Federal, que liberou Eliete Felisbino Benevides, 45 anos, e Alexandro Benevides, de 42 anos, na tarde desta terça-feira (12). O restante do valor agora pertence à União e está em uma instituição bancária, em Campo Grande.

As regras brasileiras estabelece que a partir de R$ 10 mil, é preciso declarar montantes transportados com destino a outro país, no caso a Bolívia. Como o casal não havia feito isso, tampouco explicou a origem de tanto dinheiro, foi declarado o chamado “perdimento” do total acima do permitido.

Também foi declarado o perdimento das prestações de um veículo Toyota Corolla em nome de Alexandro. Além de ficar sem a grana e sem o carro, Eliete e Felisbino, que confessaram ter recebido R$ 4 mil para trazer o valor de Garulhos (SP) até a fronteira, terão de cumprir uma série de regras para garantir a suspensão do processo criminal, pelo prazo de dois anos, e continuar em liberdade, entre elas não cometer qualquer delito que enseje denúncia à Justiça.

Eles não poderão se ausentar da comarca de São Paulo por mais de oito dias sem prévia autorização judicial e também não poderão ingressar na faixa de fronteira durante o período da suspensão do processo, a menos que tenham autorização judicial. Precisam apresentar-se à justiça em São Paulo de três em três meses,.

O termo da audiência de custódia anota o registro do MPF (Ministério Público Federal) de que o descumprimento de qualquer dessas condições abre possibilidade da revogação da presente transação penal.

Investigação

Apesar dessa espécie de acordo entre a Justiça e os dois presos, a investigação prossegue. Eles receberam 10 dias de prazo para se manifestar sobre o ocorrido.

Na Polícia Federal, está em andamento inquérito que vai tentar identificar a origem da quantia milionária. A reportagem do Jornal Midiamax apurou que é ponto pacífico entre os investigadores o fato de se tratar de dinheiro sujo, vindo do crime.

 

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