Buscas por ossadas continuam e poste da rede elétrica é retirado para escavação
Cemitério clandestino foi descoberto na região norte de Campo Grande
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Cemitério clandestino foi descoberto na região norte de Campo Grande
Equipes da Polícia Civil voltam à região da Chácara da Alegria, no Jardim Veraneio, na manhã desta terça-feira (20). Desta vez, uma equipe da Energisa acompanha as escavações e faz a retirada de um poste em uma estrada vicinal, onde poderia estar enterrado o corpo de uma das vítimas de ‘Nando’.
O delegado Márcio Shiro Obara, da DEH (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes de Homicídios), foi ao local acompanhado da equipe de policiais. As escavações foram retomadas com duas máquinas retroescavadeiras e a equipe da Energisa, que fará o desligamento de energia no local e retirada de um poste.
A suspeita é que o poste tenha sido colocado no local após ‘Nando’ enterrar uma das vítimas, na estrada vicinal distante aproximadamente 100 metros da entrada da chácara, onde estariam enterradas outras duas vítimas.
Na segunda-feira (19), os policiais encontraram ossadas de duas meninas, Jennifer Lima da Silva e Jennifer Luana Lopes, conhecida como ‘Larissa’, totalizando 10 ossadas encontradas. Luiz Alves Martins Filho, de 49 anos, o ‘Nando’, acompanhou novamente as escavações e, segundo a polícia, a possibilidade é de que 13 pessoas das 16 vítimas tenham sido enterradas no local.
Durante a tarde de segunda-feira, as equipes policiais fizeram buscas por mais três vítimas, ‘Malu’, Eduardo e Flávio, o ‘Alemão’. Um morador da região chegou a registrar boletim de ocorrência ainda neste ano, após ter encontrado um crânio, que seria de ‘Alemão’.
Todas as mortes foram planejadas por ‘Nando’. Morador no Danúbio Azul, ele comandava uma rede de exploração sexual e tráfico de drogas no bairro, atraindo usuários de entorpecentes e ‘trocando’ as drogas por programas sexuais. As pessoas que não aceitavam participar do esquema e furtavam ou cometiam roubos no bairro para conseguirem manter o vício, incentivado por ‘Nando’, eram assassinadas por ele.
Para a polícia, Luiz Alves disse se achar ‘justiceiro’, por executar as pessoas que roubavam ou furtavam no bairro. Ele confessou as 16 mortes e ainda contou com detalhes que matava as vítimas estranguladas, por não gostar de sangue, e também que enterrava os corpos de cabeça para baixo, por ser mais fácil. Ele ainda revelou que visitava quase diariamente o ‘cemitério clandestino’ que criou na região do Jardim Veraneio.
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