Após fugas, Sinpol e MPE-MS pedem fechamento de cela em delegacia

Vinte presos foram transferidos do local 

Depois da fuga de 11 presos da Delegacia de Polícia Civil de Miranda, representantes do Sinpol (Sindicato dos Policiais Civis de Mato Grosso do Sul), junto com o MPE-MS (Ministério Público Estadual), visitaram a unidade e pediram o fechamento das celas, para que a unidade deixe de manter presos custodiados no local.

Na fuga, que aconteceu na madrugada de terça-feira (8), os internos danificaram o prédio da delegacia, impossibilitando que os presos continuassem na unidade. Na visita, que aconteceu com a presença de representantes do MPE e do judiciário, foi solicitada a transferência de 20 presos que não participaram da fuga.

O próximo passo, segundo Giancarlos, é a reforma da unidade e com ela, o fim das celas no local, para que a delegacia pare de receber presos. O pedido já foi feito formalmente para o MPE, e agora o sindicato espera que a medida seja a saída para o fim do desvio de função dos policiais civis, que acabam trabalhando como agente penitenciários.

Para o presidente do sindicato a situação ainda piora por conta das instalações do regime semiaberto no fundo da delegacia. Presos já condenados dormem em cômodos no mesmo terreno que o da unidade policial e ainda são ‘cuidados’ por policiais civis. “Policial trabalha para defender a população da cidade, não para cuidar de preso”, defendeu.

Apesar dos danos no prédio da delegacia, os policiais mantém o atendimento à população. “O certo era a mudança de prédio, mas enquanto isso o atendimento continua dentro do possível”, afirmou.

O caso

Na madrugada de terça-feira uma detenta passou mal e no momento em que ela era levada para o hospital, outros presos passaram a bater nas grades e nas paredes.

Ao perceber a movimentação, a plantonista da delegacia foi pedir apoio até o quartel da polícia militar e neste tempo os presos conseguiram arrombar as celas, danificaram armários e tentaram arrombar os armários onde ficam depositadas as drogas apreendidas.

Durante a rebelião na delegacia, 11 presos fugiram e cinco deles foram capturados até agora. Três foragidos foram encontradas no mesmo dia do caso, um terceiro preso capturado na quarta-feira e o último nesta quinta-feira. Os nomes não foram divulgados e as buscas pelos outros presos continuam.