Ele será encaminhado para o presídio

José Carlos da Silva, de 36 anos, preso desde o dia 8 de outubro por abusar sexualmente de pelo menos 8 meninas, já havia cometido o mesmo crime em 2013. Ele é morador de , cidade a 158 quilômetros de Campo Grande e responderá pelas acusações de estupro de vulnerável.

De acordo com o delegado André Luiz de Mendonça Fernandes, responsável pelo caso e titular da Delegacia de Polícia Civil de Rio Brilhante, a ocorrência registrada em 2013 contra José Carlos, por estupro na forma tentada, foi concluída e encaminhada ao Judiciário. Segundo o delegado, o caso aguardava apenas o laudo do acompanhamento psicossocial da vítima, uma menina de aproximadamente 10 anos.

Ainda segundo o delegado André Luiz, na época o caso foi registrado por outro delegado e o laudo chegou dois dias antes de José Carlos ser preso em flagrante, no dia 6 de outubro de 2015. A partir daí, o caso foi concluído e tratado como estupro de vulnerável consumado. De acordo com o registro policial, José Carlos agiu da mesma forma em 2013 e 2015.

José era conhecido da mãe da vítima e convidou a menina para assistir a filmes na casa dele, com o filho, que na época tinha 7 anos. Após a criança denunciar o estupro e o caso parar na delegacia, José Carlos se mudou para outro bairro, onde cometeu novos abusos dois anos depois. Desta vez, foram confirmados oito abusos de meninas que eram vizinhas do acusado.

Segundo André Luiz, os casos já foram encaminhados ao Judiciário e a polícia aguarda um posicionamento da Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Prisional) para que José seja encaminhado ao presídio.

Entenda o caso

O último abuso aconteceu na quarta-feira (7), por volta das 19 horas. As famílias descobriram os crimes na noite de quinta-feira (8) e tentaram linchar o suspeito. A Polícia Militar foi acionada e prendeu José Carlos na casa dele. As vítimas estavam chorando e com muito medo, segundo os policiais militares que atenderam à ocorrência.

José é vizinho das crianças e aliciava as vítimas para a casa dele, onde cometia os abusos. Os pais das crianças disseram que jamais imaginariam que o vizinho, que era amigo de todos e tinha a confiança dos moradores, cometeria um crime como esse.

As crianças revelaram que, na maioria das vezes, José Carlos passava as mãos nos órgãos genitais delas. Uma das vitimas disse para a mãe que não contou quando foi abusada, pois sofreu ameaças por parte do homem.

As vítimas foram atendidas pelo conselho tutelar municipal e encaminhadas ao Imol (Instituto de Medicina e Odontologia Legal) de Dourados. A polícia ainda apreendeu na casa de José Carlos um computador, onde, de acordo com os agentes, foram encontrados no histórico vários filmes de desenhos pornográficos. Pen drives também foram apreendidos, além de um celular e um tablet.