Crime aconteceu no dia 16 de março e foi registrado por câmeras de segurança

Familiares e amigos do supervisor e professor de informática Bruno Soares da Silva Santos, de 29 anos, assassinado no dia 16 de março, fizeram um protesto na manhã deste domingo (19), em frente à delegacia onde o suspeito do crime, Francimar Câmara Cardoso, de 30 anos, está preso, em .

Com faixas e camisetas estampadas com o rosto de Bruno, mãe, tias, amigos e vários familiares pediram por justiça. O grupo, de cerca de 50 pessoas, entre elas várias crianças, caminhou pelas ruas da Vila Sobrinho e se concentrou na frente da unidade policial.

A mãe de Bruno, Arlete Soares esteve no protesto e também não poupou os pulmões com gritos pedindo justiça. Ela diz que o filho era uma pessoa alegre. “Ele fazia festa, brincava com as crianças. Tinha muitos amigos. Era um filho maravilhoso. Faz um mês que aconteceu isso e não temos sossego”.

Arlete questiona a justificava de Francimar, que disse que “queria dar um susto” em Bruno. “Ele não deu chance de reação. Eu fico vendo as imagens e vejo que ele estava vivo. Agora não tem mais nada”, lamenta a mãe.

Marli Soares da Silva, diz que é tia, madrinha e segunda mãe de Bruno. “Ele foi criado no meu peito e foi morto covardemente”. Segundo ela, a família está sofrendo muito e mãe de Bruno está com depressão. Ela diz acreditar que a esposa de Francimar, estaria apaixonada por Bruno, mas que ele nunca abandoaria a mulher e filha, por isso fez a denúncia sobre o suposto abuso.

“Destruiu uma família e a polícia não encontrou nenhuma prova”, diz a tia, se referindo ao inquérito conduzido pelo delegado da 1ª Delegacia de Polícia Civil. Segundo delegado responsável pelo caso, Miguel Said, foram ouvidas inúmeras pessoas como parentes, amigos e colegas de trabalho, porém ninguém teve conhecimento do suposto abuso. O caso continua sendo apurado pela Deam (Delegacia Especializada em Proteção à Mulher), pois foi feita uma denúncia pela mulher de Francimar.

Na camiseta, a foto mostra Bruno sorrindo e vestido de índio e sorrindo. A fotografia é explicada por um dos melhores amigos de Bruno, Reginaldo Oliveira da Silva. “Foi uma festa a fantasia que a gente foi. Ele era muito divertido”.

Caso

A mulher de Francimar relatou à polícia que trabalhava com Bruno e que, no dia 23 de fevereiro, foi abordada pelo rapaz quando estava em um ponto de parada de ônibus na Rua Maracaju, próximo da empresa, a caminho de casa. Ela foi levada por ele para um corredor, onde teria sido molestada.

Dias após o ocorrido, ainda segundo a versão da mulher, ela foi para a casa de parentes na cidade de Aquidauana com o marido, e resolveu contar o que teria acontecido. Na segunda-feira seguinte, Francimar pegou uma espingarda de calibre 26 e foi até a escola para ‘acertar as contas'. O suspeito usou um carro locado pela empresa para a qual trabalha, de automação bancária. Na fuga, abandonou o veículo próximo do Terminal Júlio de Castilho.

O juiz da 2ª Vara do Tribunal do Júri de Campo Grande, Aluizio Pedreira dos Santos, acatou na última sexta-feira (17) o pedido de prisão preventiva de Francimar. O irmão dele, também foi denunciado pela polícia e responde pelo crime de porte ilegal de arma de fogo, já que a arma utilizada no crime teria sido entregue por ele.