Rafael mentiu em depoimentos e vítima devia para ele

Rafael Roberto da Cruz, de 28 anos, foi indiciado por homicídio doloso pela morte de Manoel Eloisio de Souza Rufino, de 61 anos, que caiu no penhasco de uma altura aproximada de 30 metros da Cachoeira do , em , no dia 6 de fevereiro.

Segundo o titular da 2ª DP (Delegacia de Polícia Civil), Alexandre Amaral Evangelista, os laudos da perícia comprovaram que ele mentiu durante os depoimentos. O delegado disse que houve contradições com que fez que o indiciasse pelo crime.

Na primeira versão apresentada Rafael disse que eles iriam a um assentamento e resolveram parar para olhar a Cachoeira do Inferninho. O amigo disse ainda que Manoel estava na beira da cachoeira, se distraiu com uma macumba em uma árvore, apontou e escorregou.

Depois Rafael disse que após o incidente ele saiu, foi até a pista e pediu para um caminhoneiro acionar a polícia. Versão que foi desmentida porque foi constatado, via Ciops, que foi o próprio Rafael que realizou a ligação.

A simulação feita pela perícia técnica no local comprovou ainda que a vítima pulou ou foi empurrada. O delegado ressaltou ainda que pela distância que o corpo caiu não teria como ter sido um salto. E outro ponto que chamou a atenção foi que a cueca de Manuel estava puxada.

Por causa das contradições e de Rafael ter mentido nos depoimentos ele foi indiciado por homicídio doloso. Rafael também tem passagem pela polícia por apropriação indébita e, além disso, havia emprestado a importância de R$ 18 mil de Manoel.

O caso

Manoel Eloísio, de 61 anos, morreu na tarde do dia 6 de fevereiro do ano passado ao cair de um penhasco de 35 metros, no local conhecido como Inferninho, na saída de Rochedinho, em Campo Grande.

Segundo um funcionário que acompanhava a vítima, o pedreiro Rafael Roberto da Cruz, Manoel era dono de uma academia de luta e eles estavam indo a um assentamento próximo do local transportar uma mudança com a caminhonete do patrão, que resolveu ir junto.

“O Eloísio nunca tinha visto a cachoeira de perto e resolvemos parar. Mas aí quando ele estava na beira, se distraiu e escorregou”, lamentou o pedreiro, que disse trabalhar para a vítima havia oito anos.