O preso alegou que está com os “pés inchados” 

Preso por extorsão e investigado por favorecimento a exploração sexual, o ex-vereador Robson Martins tentou na Justiça cumprir a pena em casa, alegando que faz tratamento do diabetes e que não estava em sala de Estado Maior, mas não conseguiu.

Porém, o Ministério Público de Mato Grosso do Sul emitiu um parecer favorável no último dia 30 para que Robson seja encaminhado a uma cela especial na falta da dependência específica para abrigar o advogado.

Segundo parecer do promotor Celso Antônio Botelho de Carvalho, da 68ª Promotoria de Justiça, uma cela especial cumpre a função de cela de Estado Maior “sem prejuízo a nenhuma prerrogativa do requerente”.

A decisão é dada pelo juiz, que ainda não avaliou se Robson será encaminhado para a cela especial ou se permanecerá no presídio, onde também tem acompanhamento médico.

É, até o momento, pelo menos a terceira vez de sair da cadeia que a dupla tenta, sem sucesso. Há, ainda, outro pedido de liberdade, feito no dia 30 de abril – ou seja, após a negativa do TJ – à 7ª Vara Criminal de Competência Especial, para onde foi o caso envolvendo ambos, sem decisão até o momento.

Neste pedido, a defesa de Robson Martins pede prisão domiciliar ou a transferência dele para uma “sala do Estado Maior”. Também é citado que “o requerente tem diabete, seus pés estão inchados, sofre de pressão alta, toma medicamentos para depressão, o que só tem agravado com a situação presente”.

Luciano, Robson e Fabiano Viana Otero, o último a ser preso, estão em celas da Derf (Delegacia Especializada de Repressão a Roubos e Furtos). Eles seriam os responsáveis por esquema de exploração sexual de adolescentes, chantagem e extorsão, que começou a ser investigado há cerca de um mês.

Segundo consta, Fabiano agenciava adolescentes para fazer programas sexuais com figuras públicas e políticos em . Os encontros eram registrados em câmeras escondidas para, depois, o conteúdo ser usado de forma a extorquir os envolvidos, quando entravam em ação Luciano e Robson, sobre o pretexto de ajudar a manter a história sob sigilo.

Foi assim que e o ex-deputado estadual Sérgio Assis teriam se envolvido com as jovens. O ex-vereador disse, em um primeiro momento, que chegou a pagar R$ 100 mil de extorsão, mas depois mudou a versão.

No dia do flagrante de Luciano e Robson, em 16 de abril, Alceu Bueno entregava R$ 15 mil em dinheiro à dupla. O ex-vereador e o ex-deputado foram indiciados por favorecimento à exploração sexual no caso.