O crime aconteceu no dia 5 de agosto no Bairro Caiçara
A reprodução simulada do latrocínio que vitimou Dário Marcelino Morel, de 81 anos, no dia 5 de agosto no Bairro Caiçara, comprovou que dois dos envolvidos no crime estavam na casa da vítima no momento da execução. Nos depoimentos, o motorista André Vilela Leal, de 49 anos, culpou apenas o servente de pedreiro Genesis Lucas Godoy, de 19 anos, pela morte.
Na reconstituição, realizada na tarde desta quarta-feira, cada um dos envolvidos mostrou sua versão dos fatos separadamente. O primeiro a relatar o que houve no dia do crime foi Genesis. Acompanhado de policias da Derf (Delegacia Especializada em Roubos e Furtos) mostrou que entrou na residência da vítima depois que pular o muro de um terreno baldio que fica ao lado.
Segundo o rapaz, ele e o comparsa Vilela, pararam a motocicleta próxima a casa e entraram no terreno pelo vão do tapume que ‘impede’ a entrada de estranhos no local. Depois, os dois pularam o muro e usaram o basculante da porta para conseguir destravar a fechadura e entrar na residência.
Lá, foram surpreendidos pela vítima, que tentou reagir com um canivete. Genesis alega que foi Vilela que efetuou os primeiros golpes e depois, com raiva por não ter encontrado uma grande quantia de dinheiro, também esfaqueou a vítima.
A segunda a ser ouvida, foi Ednéia Paula de Almeida, de 37 anos. Para a polícia a mulher afirmou que é garota de programa e realizava serviços domésticos para a vítima. Em um desses dias ela relatou que viu o idoso contando cerca de R$ 13 mil em dinheiro e contou para Vilela.
No dia do assassinato, ela foi até a residência e na saída encontrou Genesis. “Ela falou que encontrou Genesis e ele falou que o Vilela não confiava nele e por isso deveria vir para entrar na casa também”, explica o delegado da Derf, Carlos Delano.
Depois do encontro, Ednéia diz que foi para casa e só recebeu notícias mais tarde, quando André ligou para ela falando que o plano havia dado errado e eles mataram o “coroinha”. O homem, que seria namorado dela, também teria pedido para que ela jogasse o celular fora e não falasse mais com ele.
Mesmo com todas as provas colocando Vilela no local do crime, ele negou ter participado da execução. Para o delegado, ele afirmou que foi quem avisou Genesis do plano e que minutos antes do latrocínio esteve próximo da residência, mas nega que tenha entrado na casa.
“Ficou bastante evidente a presença de uma 2ª pessoa no momento do crime, o que aproxima os fatos da versão dada pelo Genesis”, reforçou Delano. Agora, depoimentos de testemunhas que confirmem a presença de André no local e as gravações das ligações entre os envolvidos devem somar a investigações. Com o inquérito de latrocínio concluído, o caso será encaminhado para o Ministério Público.