Vereador disse que pagou R$ 100 mil e que entregaria mais 27 mil
A Polícia Civil vai pedir a quebra dos sigilos fiscal e bancário do vereador Alceu Bueno e dos envolvidos no esquema de extorsão e prostituição de adolescentes. O objetivo é descobrir onde foram parar os R$ 100 mil que o vereador disse ter dado ao ser extorquido pelo ex-vereador Robson Martins e pelo empresário Luciano Pageu.
Durante coletiva de imprensa na tarde desta quinta-feira (23), o delegado responsável pelas investigações Paulo Sérgio Lauretto, da Depca (Delegacia Especializada em Proteção à Criança e ao Adolescente), explicou que embora o vereador afirme que entregou o dinheiro, Luciano e Robson negam ter recebido a quantia. “Precisamos trilhar o caminho desse dinheiro”, disse Lauretto.
O caso começou com um boletim de ocorrência registrado pela mãe de uma das adolescentes que participou dos encontros com os políticos. Ela afirmou que a filha havia fugido de casa, em Coxim, no dia 13 de março. A garota foi encontrada no dia 23 de março, na casa de Fabiano Viana Otero, com outra menor, também de 15 anos, que ele disse ser namorada.
Em depoimento, a adolescente acabou revelando o esquema de exploração sexual com a finalidade de extorsão. A menina foi orientada por Fabiano a levar um chaveiro com uma microcâmara para filmar o encontro.
Posteriormente, Fabiano e o empresário Luciano Pageu usariam as imagens para que conseguir dinheiro dos políticos. O vereador Alceu Bueno relatou à polícia ter dado R$ 100 mil e disse que continuava a ser extorquido. Já o ex-deputado Sérgio Assis também foi filmado nos encontros, mas não chegou a ser extorquido.