Propina era para aprovação da Lei Orçamentária no município 

O prefeito Silas José da Silva (PSDB), de , município a 193 quilômetros da Capital, foi afastado do cargo por pagar propina a vereadores do município. A ação aconteceu na manhã desta sexta-feira (17) durante operação do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado).

Nas investigações foi comprovado que Silas teria oferecido, em troca do voto favorável pela aprovação de Lei Orçamentária, cujo texto original autorizava o Poder Executivo a abrir crédito suplementar, sem prévia anuência da Câmara, de 50% do total das despesas, o pagamento de R$ 6 mil mensais. O dinheiro seria repassado para os vereadores todo dia 20 de cada mês.

A denúncia foi feita pelo vereador Marcelo Batista de Araújo (PSC), que chegou a gravar um vídeo durante a entrega de uma das três parcelas, que totalizaram R$ 18 mil. Segundo o Ministério Público do Estado de Mato Grosso do Sul, o dinheiro foi apreendido e depositado em conta judicial.

Além de Araújo foram ouvidos como testemunhas o vereador Waldenir Ferreira Lino (PDT), que contou também ter recebido do prefeito proposta de propina, o presidente da Câmara Municipal de Água Clara, Valdeir Pedro de Carvalhe (PDT), e mais quatro testemunhas.

Enquanto durarem as investigações, Silas também está proibido de frequentar a prefeitura municipal sem prévia autorização judicial. Além disso, o prefeito não pode ter contato com os vereadores ouvidos pelo Gaeco, com o competidor de rodeio Bruno Henrique Santos e com o policial militar Anderson Nascimento Costa.