O policial civil chegou a confessar o assassinato em maio de 2012
Em júri realizado no último dia 16 deste mês, o policial civil Ricardo Barem de Araújo de 38 anos, foi julgado e sentenciado em 15 anos de prisão pelo Tribunal do Júri de Maracaju, pelo assassinato de Sandy Luana Honório Cardoso, 22 anos, no dia 28 de novembro de 2011. O juiz de direito Raul Ignatius Nogueira foi quem deu a sentença.
O policial civil chegou a confessar em maio de 2012, que assassinou Sandy. Ele alegou ao delegado que conduziu as investigações, Luis Augusto Milani, que estava sendo pressionado pela vítima que era sua amante para que largasse a família e ficasse somente com ela.
Conforme o delegado Milani, em coletiva, ele mesmo na companhia de um comerciante de Dourados, identificado como Edvaldo Garcia Guardado, fizeram um comunicado de desaparecimento de Sandy na delegacia de Maracaju, no dia 1º de dezembro de 2011.
O comerciante disse que cedia um apartamento em Dourados para Sandy ficar temporariamente já que ela havia tido um desentendimento familiar em Maracaju e então se mudou para a cidade vizinha. No dia 30 de novembro do referido ano, ele chegou ao apartamento e viu que a moça não estava, não atendia celular e no local estava sua bolsa com documentos.
O comerciante entrou em contato com Barem e os familiares de Sandy relatando o desaparecimento dela. Depois os dois procuraram a delegacia para registrar o caso. No decorrer das investigações o policial civil passou a ser o principal suspeito do então desaparecimento.
De acordo com o delegado Milani, “Barem era mais que um amigo de Luana, já que mantinha um relacionamento amoroso extraconjugal com ela. Segundo as investigações, Luana sabia de coisas que também poderiam comprometer a vida pessoal e profissional e por esta razão ele foi considerado pessoa mais provável e interessada na morte dela, já que poderia então, ser considerada um arquivo vivo”.
Com suspeitas recaindo sobre Ricardo Barem, a polícia reuniu provas contundentes que o apontavam como envolvido na morte de Luana. Inclusive a perícia encontrou vestígios de sangue no chão da casa e janela da cozinha da residência localizada em Maracaju, onde a vítima morava com Baren, no chão do apartamento de Dourados e, principalmente, no colete balístico, que é acondicionado no porta-malas do veículo modelo Logan, no banco do mesmo caro, que é de propriedade do policial.
No dia 20 de abril de 2011, o caso deixou de ser um desaparecimento de pessoa para se tornar uma investigação de assassinado por conta do achado de uma ossada humana do sexo feminino. Jrestos mortais um sutiã e calcinha que foram reconhecidos como de Luana.
Foi feito exame de DNA que comprovou se tratar de ossos de Luana. No local também foram encontradas cápsulas de pistola ponto 40 e dois projéteis, indicando ser da mesma arma usada por Baren nas suas funções de policial civil.
A arma foi apreendida e periciada. O material genético da ossada foi comparado com o da filha de Luana e com o da mãe dela, dando compatibilidade de parentesco. Provada a materialidade da morte, o próximo passo da polícia foi identificar a autoria com base em provas.
De acordo com o autor confesso, depois de uma relação sexual, ele e Luana discutiram e foi ali que ele afirma ter visto uma oportunidade de acabar com as pressões que sofria da amante para que ele largasse a família para ficar com ela.
De acordo com o delegado, Barem afirma que Luana caiu e foi neste momento que ele disparou três vezes contra ela. Como o crime teria ocorrido às margens de uma estrada, ele movimentou o corpo mais para dentro da mata e a abandonou. A ossada foi encontrada por funcionários da Agesul que providenciava limpeza na região para preparar a cidade aos visitantes da tradicional Festa da Linguiça de Maracaju.
Gravidez
No decorrer das investigações a polícia descobriu que Sandy havia feito um exame para saber se estava grávida e que o resultado teria saído no mesmo dia que foi morta, porém era negativo.