Polícia investiga para tentar identificar crianças vítimas de rede de pedofilia em MS

As fotos foram encontradas no última quarta-feira (6)

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As fotos foram encontradas no última quarta-feira (6)

A Polícia Civil de Chapadão do Sul tenta identificar as cinco meninas que aparecem nuas em fotos encontradas com a jovem de 21 anos que foi presa na última quarta-feira (6) por envolvimento com uma rede de pedofilia. Além das crianças, com idade de 10 a 12 anos, a suspeita tirava e distribuía fotos pornográficas da própria filha de 5 anos.

Conforme o delegado Danilo Mansur, titular da Delegacia de Polícia Civil do município, o inquérito policial sobre o caso foi concluído nesta sexta-feira (6), como uma garantia para manter a mulher presa. Ainda assim, as investigações seguem para localizar as cinco meninas que aparecem na foto.

“Precisamos identificar as vítimas para saber se elas foram abusadas, ou sofreram qualquer tipo de violência”, afirma o delegado. Segundo Mansur a principal hipótese é que as crianças morem em Chapadão do Sul, já que em algumas imagens as vítimas aparecem com a irmã da suspeita, de 12 anos.

Mesmo presa, a mulher nega todas as acusações. Mas no dia da prisão, a equipe policial encontrou aproximadamente 20 fotos com ela que mostravam as vítimas e também ela e a filha juntas, em poses sensuais. O envolvimento de outras pessoas no crime também é investigado.

A rede de pedofilia chegou ao conhecimento da polícia depois que a Depca (Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente) prendeu no dia 9 de outubro o floricultor, de 35 anos, suspeito de violentar a ex-enteada de 7 anos e distribuir vídeo com a menina via WhatsApp.

Com isso, as equipes de investigação descobriram que o homem enviava os vídeos do estupro para uma mulher de 41 anos, moradora de Santa Fé do Sul, município de interior de São Paulo. Em troca das imagens que enviava, o floricultor recebia vídeos e fotos da filha e da neta da suspeita, uma adolescente de 12 anos e uma menina de 5 anos.

No dia 22 de outubro, equipes do SIG (Setor de Investigações Gerais) da cidade, comandadas pelo delegado Higor Vinicius Nogueira Jorge, prenderam a mulher em sua residência e aprenderam um tablet com as imagens enviadas pelo floricultor.

Depois da prisão da avó da menina, o caso foi repassado para a delegacia de Chapadão do Sul, que efetuou a prisão da mãe. Fotos da criança com vibradores na boca e nas partes íntimas foram encontradas. “A jovem e a irmã, de 12 anos, foram abusadas pela mãe durante a infância e depois que teve a filha, a suspeita passou a fazer a mesma coisa com ela”, relatou Mansur na data.

A principal suspeita é de que a jovem fotografava a filha, enviava as fotos para a mãe e as duas espalhavam as imagens para pessoas que se interessavam. As duas foram indiciadas por vender ou expor à venda fotografia, vídeo ou outro registro que contenha cena de sexo explícito ou pornográfica envolvendo criança ou adolescente, conforme o artigo 241 do Eca (Estatuto da Criança e Adolescente).

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