PF vai investigar culpa de policiais em acidente que matou três no Anel Viário

Uma equipe foi até o local para colher informações  

Ouvir Notícia Pausar Notícia
Compartilhar

Uma equipe foi até o local para colher informações  

A Polícia Federal de Campo Grande irá instaurar inquérito policial para investigar as causas do acidente envolvendo uma viatura oficial no anel viário, saída para Três Lagoas, na manhã desta terça-feira (10). Antônio Muniz, de 56 anos, Adriano Souza Oliveira, de 30 anos e uma mulher que ainda não foi identificada morreram no acidente.

Em nota, a Polícia Federal afirmou que logo após a colisão, que envolveu a viatura oficial, um Chevrolet Classic e uma motocicleta Suzuki Intruder, uma equipe foi enviada ao local “para coletar dados e iniciar as investigações sobre o acidente”. Ainda não há informações exatas de como ocorreu o acidente, e detalhes devem ser divulgados ao decorrer desta terça-feira.

Acidente

A viatura da Polícia Federal perseguia um Renault Duster, que estaria carregado com droga. Durante a fuga, o Renault atingiu pelo menos três carros e, por isso, a equipe policial continuou com a perseguição.

Em determinado momento, o Duster teria atingido a viatura policial, uma caminhonete L200 Triton, fazendo o motorista perder o controle da direção e invadir a pista contrária. Com isso a viatura atingiu o Classic, branco, placas NSB-8929 de Campo Grande (MS), que era conduzido por Antônio, e a motocicleta Suzuki Intruder, vermelha, placa HTE-6856 de Campo Grande (MS), que era pilotada por Adriano e tinha a mulher como passageira.

O motorista do Classic e o casal, que seguia na motocicleta, morrem no local. Os dois policiais que ocupavam a viatura não tiveram os nomes divulgados. Mas segundo a PF, tiveram ferimentos leves e foram encaminhados para a Santa Casa de Campo Grande pelo Corpo de Bombeiros, onde permanecem em observação.

Uma estudante de técnica de enfermagem, de 21 anos, estava em um Fox, logo atrás do Classic,  e contou para a equipe de reportagem do Jornal Midiamax que a viatura da Polícia Federal estava em alta velocidade, na pista contrária, e dava sinais de luz pedindo passagem aos motoristas.

Ela revelou ainda que no momento do acidente, conseguiu desviar e sair para o acostamento, mas ainda assim teve o carro danificado. Um vendedor, de 40 anos, que também passava pelo local, contou que levava a mulher para o serviço, em uma motocicleta, quando avistou a viatura em alta velocidade e na contramão.

Ele afirmou que só teve tempo de desviar e a viatura passou por ele a mais de 100 km/h. “Só escutei o barulho, quando olhei pra trás eu vi a tragédia acontecendo”, contou. 

Conteúdos relacionados