Mulher encontrada morta em apartamento teria deixado carta de despedida

A polícia trabalha com a hipótese de suicídio

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A polícia trabalha com a hipótese de suicídio

Equipes da Perícia e da Polícia Civil apreenderam uma carta no apartamento de Cláudia Viviane dos Santos Silva, de 38 anos. A mulher foi encontrada morta na manhã desta quarta-feira (21), no apartamento em que morava, no Residencial Leonel Brizola II, localizado no Jardim Tijuca.

De acordo com o delegado Edmilson José Holler, da 6ª Delegacia de Polícia Civil da Capital, que atua na região, a carta seria uma despedida aos familiares e foi apreendida para passar por exames periciais. A tia de Cláudia, Ruth dos Santos Silva, de 47 anos, reconheceu a letra, mas vai entregar cartas da sobrinha para a Perícia, que ela recebeu quando a vítima morava no Mato Grosso, para que a letra seja comparada.

Só após os exames de grafoscopia, será confirmado se a carta foi escrita por Cláudia, mas a polícia trabalha com fortes indícios de que ela teria cometido suicídio. O corpo da vítima será encaminhado para o Imol (Instituto de Medicina e Odontologia Legal) de Campo Grande e será feito exame toxicológico, para analisar se ela ingeriu algum veneno ou medicamento.

Outras possibilidades não foram descartadas, mas a princípio o delegado Edmilson trabalha com a hipótese de suicídio. Ele afirma que a carta revela o estado depressivo em que a vítima se encontrava. O caso deve ser registrado como morte a esclarecer até que seja concluído.

Entenda o caso

Uma vizinha contou para a equipe de reportagem do Jornal Midiamax que viu Cláudia na noite de segunda-feira, por volta das 19 horas. Desde então, nenhum outro vizinho havia visto a mulher. Os moradores do residencial contaram que começaram a sentir um forte cheiro saindo do apartamento, além de notarem a presença de muitas moscas. Na manhã desta quarta-feira, eles acionaram os bombeiros.

Um chaveiro foi chamado para abrir a porta e Cláudia foi encontrada morta, deitada na cama. Segundo os bombeiros, a televisão do quarto estava ligada e não havia sinais de arrombamento ou luta no apartamento, indicando que ela pode ter morrido de causas naturais. Segundo testemunhas, Cláudia mantinha relacionamento amoroso com um homem de 33 anos, há aproximadamente 3 anos.

De acordo com os vizinhos, o homem é usuário de drogas e tinha comportamento agressivo. Ele é apontado como uma pessoa violenta e testemunhas ainda revelaram que ele batia em Cláudia. Uma vizinha ainda contou que, em uma das últimas ocasiões, o homem de 33 anos foi levado pela Polícia Militar para a delegacia. Ainda há informação de que há um mandado de prisão em aberto contra ele por violência doméstica.

Segundo a policia, Cláudita tinha medida protetiva contra o namorado, mas ele continuava frequentando o apartamento dela. Não há informação se ele esteve no apartamento nos últimos dias.

Família

A tia de Cláudia, Ruth dos Santos Silva, de 47 anos, foi até o residencial após ser informada da morte da sobrinha. Segundo ela, no sábado (17), Cláudia deixou o filho de 13 anos, que é especial, na casa da tia.

De acordo com Ruth, desde então ela tentou entrar em contato com a sobrinha, mas não conseguiu. Ela afirma que ligou várias vezes para Cláudia, mas o celular estava desligado. Ela ainda contou para o Jornal Midiamax que a sobrinha tinha problemas cardíacos e, recentemente, chegou a reclamar de dores.

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