Exame comprovou os abusos

Um recruta do Exército Brasileiro foi apontado como um dos envolvidos em um caso de coletivo a deficientes na cidade de , a 334 quilômetros a leste de Campo Grande. Além dele, outras 10 pessoas também estariam envolvidas. O caso sendo investigado pela delegada Letícia Mobis da DAM (Delegacia de Atendimento à Mulher) daquela cidade.

Conforme informações da conselheira tutelar Mirian Herrera, os abusos contra duas jovens de 14 e 16 anos, que são deficientes surdas-mudas, vinha ocorrendo há dois anos em uma residência no Bairro Jupiá. No mesmo período, a mais jovem estava sob a custódia da tia por ter sofrido abusos sexuais anteriores, que foram praticados pelo padrasto.

“Desde então, ao morar com a tia, ela começou a ser abusado pelo primo de 18 anos que aproveitava à ausência dos pais. O recruta ainda estuprou a amiga da vítima que hoje têm 15 anos. Não descartamos a possibilidade de uma das vítimas ter sido abusado de forma coletiva, pelos amigos de farda do recruta”, explicou Miriam.

O caso já foi levado ao conhecimento do comando do Exército que irá aguardar as investigações da Civil para tomar as medidas legais, conforme apurou o site Minusto MS.

Mirian também revelou que dentro dos próximos dias, a adolescente de 14 anos irá fazer um reconhecimento dos outros autores através de fotos para que assim, possa identificar todos os envolvidos.

Investigação

No dia 26 de junho deste ano, um conselheiro tutelar, uma psicóloga e um interprete estiveram na 1º DP (Delegacia de Polícia Civil) para realizar a ocorrência. Um médico legista chegou a examinar as vítimas e constatou o estupro nas duas.  O caso segue em segredo de justiça.

O pai do recruta procurou a reportagem daquela cidade nesta sexta-feira (3) e disse que não procede as informações e que tudo começou há três anos quando o Conselho Tutelar de Três Lagoas retirou a guarda da sobrinha da própria mãe, mediante a acusação de que a menina estaria sendo abusada pelo padrasto.

O pai disse que o Conselho Tutelar iria conduzir a menina para o Poço de Jacó, mas, sua esposa ficou com pena da adolescente e a levou para morar com a família. Segundo ele, a casa foi adequada para receber a jovem com conforto e segurança, que requer cuidados especiais e no próximo mês de setembro, ela completaria dois anos no local.

O pai relata que os problemas surgiram com as visitas de uma amiga da sobrinha em sua casa, a colega que também é surda e muda, seria muito “pra frente” e sempre deu em cima de seu filho, chegando a dar presentes para o rapaz.

O pai relata ter aconselhado o filho sobre a amiga da sobrinha, mas o rapaz lhe disse que deu apenas alguns “amassos” na menina, pois ela o provocava muito, quanto a sua sobrinha, o filho garantiu que nunca teve nada com a prima, e acredita que as denúncias de abuso sexual contra as garotas foram inventadas após ele recusar o pedido de da amiga da prima.