Máxima tem dia movimentado, mas tranquilo, dois dias após fuga frustrada
No dia das Mães, elas que enfrentam a fila de presídio para ver os filhos
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No dia das Mães, elas que enfrentam a fila de presídio para ver os filhos
O dia é das mães, mas nos estabelecimentos penais, são elas que enfrentam a fila para dar o presente. Por alguns minutos, eles esquecem que vivem em um presídio e voltam a ser apenas filhos, em um domingo de Dia Dias das Mães.
Dois dias após uma tentativa de fuga no Estabelecimento Penal de Segurança Máxima de Campo Grande, em que quatro detentos foram baleados, a preocupação das mães era ainda maior. Algumas vieram de longe e deixaram os outros filhos, para poder ver de pertinho, se tudo estava bem com os que estão atrás das grades.
Dona Zilda Alves da Silva, de 65 anos, veio de Três Lagoas, a 338 quilômetros de Campo Grande, para visitar o neto, que foi criado por ela, como um filho. Além dele, ela tem outros 11 filhos e calcula cerca de 30 bisnetos. Ela teve que abrir mão da presença deles no Dia das Mães para poder ver de perto o neto.
O neto de Dona Zilda foi condenado a 13 anos por tráfico de drogas. Ela conta que não pode vir sempre visitá-lo e que já conversou com o neto “Se fez coisa errada vai ter que pagar, mas não é por isso que vou abandonar ele”. Zilda diz ainda que desde que o neto era jovem sofre por conta das drogas, mas que nunca conseguiu ajuda. “Se meu filho precisar, largo tudo o que estou fazendo e venho ver ele. Espero que ele aprenda com o que fez e mude de vida”.
Outra mãe preferiu não se identificar, mas contou que ficou sabendo pela televisão sobre a tentativa de fuga frustrada. A mãe diz que correu para acionar o advogado do filho e confirmar se tudo estava bem com ele. Faz cinco meses que ele compre pena e ela segue a rotina de visitas aos fins de semana. “Nenhuma mãe gosta de ver o filho nessa situação, mas se ele errou, tem que pagar pelo que fez”.
De Ponta Porã, a 346 quilômetros de Campo Grande, veio outra avó que criou o neto como filho. A mulher, que prefere não se identificar, veio trazer a bisneta para o filho ver. Segundo ela, nesta data é permitida a presença de crianças e como a nora não poderia vir, ela abriu mão de ficar na própria cidade para poder promover o encontro de pai e filha.
Mesmo após a tentativa de fuga no fim da última semana, o clima era tranquilo neste domingo no presídio. Movimento mesmo, só os das famílias que foram fazer visita e levar aos mantimentos detentos. Cerca de 200 pessoas, entre elas, muitas crianças foram ao presídio. Segundo a Polícia Militar, não houve incidentes e a segurança foi reforçada.
Quem aproveitou o Dia das Mães no presídio para lucrar foi o vendedor Ambrósio da Costa, que aos 84 anos, aproveitou a data festiva para vender sacolas retornáveis, as ‘eco bags’ para as famílias dos presos. “Todo fim de semana venho e ultimamente não está sendo fácil vender. Vou aproveitar”.
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