Procurado pela Interpol por mais de 50 estupros está no HRMS
Victor Arden Barnard, de 54 anos, acusado de mais de 50 casos de abusos sexuais contra crianças e adolescentes e líder de uma seita religiosa nos Estados Unidos foi encontrado por agentes penitenciários pendurado pelo pescoço por um pedaço de pano, que estava preso a entrada de ar de uma cela do Presídio Federal de Campo Grande.
Segundo informações do Departamento Penitenciário Nacional, a tentativa de suicídio aconteceu da última sexta-feira (13), por volta das 13h30. Na data, agentes penitenciários federais ouviram um forte barulho vindo da cela 31 e ao verificarem o local encontraram o interno já pendurado pelo pescoço.
O suspeito teria tentado se enforcar com um pedaço de pano, que estava amarrado a entrada de ar da cela. Assim que presenciaram o fato, os servidores prestaram atendimento ao detento, que foi encaminhado para o Hospital Regional de Mato Grosso do Sul.
Conforme o último boletim médico, Victor está na CTI (Centro de Tratamento e Terapia Intensiva) e seu estado de saúde é estável. Em nota, o Departamento Penitenciário Nacional informou que está atento ao caso e que oferecerá “toda a assistência médica e psicológica disponível ao interno”.
Prisão
Victor Barnard foi preso no dia 27 de fevereiro, no litoral do Rio Grande do Norte, ele era procurado pela Organização Internacional de Polícia Criminal, a Interpol, e estava na lista dos 15 mais procurados pela U.S. Marshal, organização responsável por busca e captura de foragidos internacionais.
De acordo com o site Daily Mail, ele responde por 59 acusações de abuso sexual. Em 2000, o suspeito criou uma seita religiosa e dez vítimas, entre meninas e mulheres, foram escolhidas para viverem longe das famílias, com Victor no campo de River Road Fellowship, em Minnesota.
Uma das vítimas contou para a polícia que foi abusada por Barnard dos 13 aos 22 anos e outra afirmou que sofreu os abusos dos 12 aos 20 anos. Victor manteve as meninas isoladas e as forçava a manter relações sexuais com ele de uma a cinco vezes por mês.
Em um dos casos, ele teria dito a uma vítima que ela permaneceria virgem, porque ele era um homem de Deus. Em 2012, após anos de abuso, Lindsay Tornambe alertou as autoridades para a situação das meninas, que eram entregues pelos próprios pais para viverem com Victor.
Barnard morava no apartamento em que foi preso no Brasil há seis meses e deveria responder julgamento nos Estados Unidos.