Convulsões começaram após acidente

Fabio de Almeida Guadalupe, de 38 anos, encontrado morto na casa em que morava na manhã deste sábado (5), havia sofrido acidente há pelo menos três anos e, como sequela, tinha convulsões constantes. Uma vizinha encontrou o homem morto após perceber que ele não saía mais da casa, localizada na Rua Rialma, no Parque dos Laranjais, a noroeste da Capital.

De acordo com a vizinha, Luzia Piccinelli Vieira, de 62 anos, Fabio era uma pessoa muito ativa, saía toda hora de casa, sempre estava com o som ligado para ouvir música e também era membro ativo da associação de moradores da região. Segundo ela, há pelo menos três dias o vizinho não era visto e também não houve movimentação na residência.

Ainda segundo Luzia, na sexta-feira (4), durante a chuva, ela notou que a porta e janela da casa do vizinho estavam abertas e que havia roupas no varal, mas ele não saiu para recolher. Na manhã deste sábado, ela pediu para o marido pular o muro da residência, quando perceberam que o homem já estava morto.

A vizinha acionou Polícia, Bombeiros e também ligou para uma familiar de Fabio. Ela conta que conhece o homem desde que ele era criança. Luzia também contou ao Jornal Midiamax que Fabio sofreu queda de uma picape há alguns anos, quando ajudava um amigo a fazer frete. Ele bateu a cabeça e, desde então, sofria de convulsões constantes.

Morte a esclarecer

Equipes da Polícia Militar foram acionadas, além de Corpo de Bombeiros e Perícia, após ser constatada a morte da vítima, Fabio. De acordo com os bombeiros, pelo que puderam ver pela janela da casa, o homem estava deitado na cama, de barriga para baixo e teria morrido há pelo menos três dias.

O corpo de Fabio já estava em decomposição e, segundo os bombeiros, a suspeita é de morte natural. A Polícia Civil também foi ao local, para arrombar a porta da residência e a Perícia fazer os procedimentos necessários.

O irmão de Fabio, Leonidas José de Souza Junior, disse que a vítima era afastada da família, mas ontem tentou entrar em contato com o irmão, por WhatsApp e ligações e não recebeu resposta. O caso deve ser registrado na Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) Centro, pelo delegado João Eduardo Davanço, como morte a esclarecer. Segundo o delegado, não havia sinais de ferimento ou lesões na vítima.