Suspeito ligou para setor financeiro da empresa e conseguiu obter dados bancários 

Um conseguiu roubar mais de R$ 60 mil após aplicar um em uma empresa de hortifrútis em , a 359 quilômetros de Campo Grande. O crime aconteceu nessa terça-feira (14). O suspeito ligou para o departamento financeiro da empresa, se passando por gerente de um banco e pediu o número de identificação do “token”, mecanismo de autentificação do usuário.

De acordo com o delegado titular da 1ª Delegacia de Polícia de Naviraí, Edson Luis Ruiz Ubeda, ao ligar para o hortifrútis, o suspeito, que se identificou apenas como Marcos e disse que trabalhava na instituição financeira e que precisava sincronizar as informações da empresa com o sistema do banco.

Acreditando na justificativa do hacker, a funcionária da empresa forneceu o número do token e a senha. Depois de conseguir as informações, o suspeito orientou a mulher a não acessar o mecanismo de autenticação pelo período de duas horas.

À tarde, por volta das 16 horas, o banco entrou em contato com a empresa questionando se eles haviam recebido um telefonema anterior e em seguida informou sobre o golpe. A funcionária entrou em contato com a proprietária para relatar o fato.

Em contato com a agência bancária a proprietária do estabelecimento comercial descobriu que o suspeito realizou vários saques, operações financeiras e empréstimos no total de R$ 60.800. Segundo o delegado ainda não é possível informar detalhes sobre a investigação.

“O é investigado no local em que é concluído, ou seja, precisamos primeiro saber para onde o dinheiro foi destinado para que possamos investigar ou repassar o caso. A vítima ficou de passar esses dados ainda hoje”, afirma. Até o momento não há informações sobre o suspeito, mas o delegado diz acreditar que se trata de uma quadrilha especializada.

Outros casos – além deste golpe, outros dois foram aplicados recentemente no município. Em uma das situações, com um cheque clonado, o suspeito conseguiu adulterar o valor de pouco mais de R$ 240,00 para mais de R$ 45 mil e sacar a quantia.

Segundo o delegado, no segundo golpe o suspeito interceptou a linha telefônica da vítima para confirmar o saque de um cheque. “Este golpe foi mais ousado e eles repetiram a ação em Nova Andradina. Acreditamos que nesses dois casos, trata-se da mesma quadrilha”, afirma.

O delegado orienta que dados pessoais, ou informações bancárias não devem ser repassados por telefone. “O estelionato ocorre geralmente por causa da ingenuidade das pessoas. Não se deve repassar nenhum dado sem antes ter a confirmação de que se trata de algo confiável”, adverte.