Um assistente financeiro de 23 anos, funcionário de de , prestou esclarecimentos à Polícia Civil por usar dinheiro da empresa para pagar contas pessoais. O rapaz usou R$ 80 mil do supermercado para custear gastos particulares.

O funcionário do supermercado, que fica localizado na Mata do Jacinto, falsificava boletos de gastos pessoais e colocava as contas  com pagamento de fornecedores da empresa. De acordo com o delegado da Derf (Delegacia Especializada em Repressão a Roubos e Furtos), Carlos Delano, Paulo tem conhecimento informático e fazia modificações nos boletos através de programas de computador.

Conforme informações da polícia, o assistente financeiro modificava a parte de cima dos boletos, colocando o nome de empresas fornecedoras do supermercado e colocava os papéis com outras contas da empresa. “Uma empresa que tem gastos de R$ 50 mil em notas picadas com algum fornecedor, dificilmente vai verificar despesas de R$ 800”, afirma o delegado.

Em julho, o golpista entrou de férias e outro funcionário começou a trabalhar no lugar dele. Ele verificou que algumas quantias pagas pelo supermercado estavam irregulares e fez um levantamento dos gastos. Os donos da empresa foram avisados e acionaram a Derf, que investigou o caso. Através das investigações, a Polícia Civil chegou até o funcionário.

Foi constatado que o funcionário gastou, em um período de 10 meses, R$ 80 mil para cobrir despesas pessoais. Ele usava o dinheiro do supermercado para custear a compra de aparelhos eletrônicos, pagar prestações de um carro, mensalidade do curso de Direito e até a mensalidade do cursinho da prima dele.

Os tios do homem depositavam dinheiro para que ele fizesse o pagamento, mas ele embolsava o valor e pagava as mensalidades do cursinho, de R$ 1.140, com o esquema de fraude de boletos.

De acordo com a polícia, o padrão de vida do homem não era compatível com o salário dele, de aproximadamente R$ 1,5 mil. Na quarta-feira (5), equipe de policiais foi até a casa dele, no Monte Castelo, e apreendeu o rapaz, além de vários produtos eletrônicos comprados com o dinheiro do supermercado.

A Polícia Civil ouviu o depoimento do assistente financeiro, que foi liberado, já que não foi preso em flagrante. Ele responderá em liberdade por furto qualificado por abuso de confiança, passível de pena de 2 a 8 anos de reclusão. (Texto editado em 7/7/2020 para suprimir nome a pedido do envolvido com base no princípio do direito ao esquecimento)